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    Governo vê boicote interno a Pazuello na Saúde

    Ministro interino vem pedindo a servidores do órgão uma nova sistematização de dados, que demorou mais de 20 dias para lhe ser entregue

    Caio Junqueirada CNN

    O governo avalia que funcionários do Ministério da Saúde estão boicotando o ministro interino, general Eduardo Pazuello, e a grande leva de militares que ele vem nomeando para o cargo. Muitos servidores de carreira do órgão estão incomodados com o que chamam de “militarização da pasta”.

    A resposta desses funcionários é vista internamente como o principal motivo que gerou a crise do momento: a falta de transparência na divulgação dos dados do Covid-19 no país.

    Desde que Nelson Teich deixou o cargo de ministro, no dia 15 de maio, Pazuello vem pedindo a servidores do órgão uma nova sistematização de dados, que demorou mais de 20 dias para lhe ser entregue.

    O atraso foi visto como sinal de divergência. Incomodado com a forma anterior de divulgação e recebendo ordens do Palácio do Planalto para que o processo fosse alterado, Pazuello começou a pressionar os servidores por um novo formato. Sem eles na mão, viu-se obrigado a alterar o formato de divulgação, o que gerou críticas de todos os lados.   

    Os servidores responsáveis pela encomenda de Pazuello ficam na guarda da Secretária de Vigilância em Saúde, que era ocupada na gestão de Luiz Henrique Mandetta por Wanderson de Oliveira.

    Ele ficou no cargo até o dia 27 de maior, quando Eduardo Macário assumiu o posto interinamente. Macário também é egresso da gestão Mandetta.

    Os dados só foram entregues nos últimos dias. Não sem antes o governo nomear Arnaldo Medeiros para o lugar de Macário. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da União da última sexta-feira. Medeiros é uma indicação do PL de Valdemar da Costa Neto e integra as nomeações do Centrão.

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