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    Governo negocia retomada de financiamento a sindicatos

    Ideia é que seja implementada uma “taxa negocial” aprovada por assembleias juntamente com a pauta de reivindicações a ser negociada com os sindicatos patronais

    Manifestação de sindicalistas em São Paulo
    Manifestação de sindicalistas em São Paulo Clayton de Souza/Estadão Conteúdo - 07.abr.2015

    Caio Junqueira

    O Ministério do Trabalho discute com as centrais sindicais um modelo para retomar o financiamento de sindicatos, extinto após a reforma trabalhista de Michel Temer (MDB).

    A ideia é que seja implementada uma “taxa negocial” aprovada por assembleias juntamente com a pauta de reivindicações a ser negociada com os sindicatos patronais.

    Trata-se de um modelo distinto do que vigorava até a reforma trabalhista, quando todos os trabalhadores pagavam obrigatoriamente um imposto sem necessariamente aprová-lo, saber seu destino e a pauta de reivindicações a ser negociada.

    “O que estamos propondo ao governo é que o sindicato convoque uma assembleia e consulte todos trabalhadores perguntando sua pauta, se autorizam o sindicato a negociar”, disse à CNN Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e coordenador do fórum das centrais sindicais.

     

    E continuou: “Depois uma assembleia aprova isso e na mesma assembleia coloca em votação como será financiada a campanha salarial. Seria uma ‘contribuição negocial’ ou ‘axa negocial’”.

    Ele disse ainda que a principal diferença para o imposto sindical é que “antes você pagava e o sindicato não necessariamente negociava uma campanha salarial”.

    “Não faz sentido sindicato que não negocia ser beneficiário de imposto. A ideia nossa é um modelo coerente com modelo de negociação. Não queremos o que tínhamos antes: sindicatos descolados de modelo de negociação. Queremos sindicatos representativos”, declarou.

    Ainda não está claro se o formato seria apresentado por projeto de lei ou Medida Provisória. Nos próximos dias o modelo deve ser apresentado a empresários e ao Congresso.

    Na semana passada, a CNN mostrou como sindicatos têm retomado postos estratégicos e influência no governo.