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    Governo negocia percentual menor em PEC das Forças Armadas, diz Múcio à CNN

    Em participação no CNN Entrevistas, ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou que o relator da proposta pode alterar a previsão de investimento mínimo do orçamento para as Forças Armadas de 2% para 1,5%

    "O crime organizado é mais preparado que qualquer empresa", disse Múcio
    "O crime organizado é mais preparado que qualquer empresa", disse Múcio CNN

    Gustavo UribeJussara Soaresda CNN

    Brasília

    O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, informou que negocia uma redução no percentual mínimo previsto na PEC das Forças Armadas, em meio à forte resistência no Congresso Nacional sobre a proposta.

    O texto prevê a obrigatoriedade de que 2% do Produto Interno Bruto (PIB) seja utilizado para planejamento e execução de projetos estratégicos para a Defesa Nacional.

    Ao CNN Entrevistas, Múcio ressaltou que, diante das dificuldades de aprovação da iniciativa, ele discute com o autor da proposta, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), um percentual mínimo de 1,5% sobre a receita corrente líquida.

    O ministro observou que os investimentos na Defesa Nacional são caros e que, diferentemente de áreas como Saúde e Educação, não têm um apelo eleitoral.

    Ele ponderou que se tratam de investimentos estratégicos, tanto em episódios de desastres naturais como em combate ao crime organizado.

    “O crime organizado é mais preparado que qualquer empresa. Eles têm equipamentos que você fica impressionado. Nós precisamos nos preparar para esses tempos que têm vindo por aí”, disse.

    À CNN, o ministro salientou que a política é incompatível com as Forças Armadas e voltou a defender a PEC dos Militares, que obriga integrantes da ativa a passarem para a reserva caso decidam ser candidatos a cargos eletivos.

    “Uma pessoa passa três anos se preparando para cargo político. Caso perca, volta com a frustração de não ter ganho a eleição e com um pensamento político. As posições ideológicas são levadas para dentro do quartel. Nos países mais avançados do mundo, não pode se candidatar”, disse.

    O ministro ressaltou que o episódio de vandalismo do 8 de janeiro gerou um trauma na esquerda brasileira, o que ajuda a explicar a resistência dentro do governo petista às iniciativas de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).