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    Governo não tem candidato a presidente nem a relator da CPI, diz Humberto Costa à CNN

    Senador também pontuou que indicação para um dos cargos pode sair do MDB e que o Planalto não tem receio do colegiado

    Renata SouzaTiago Tortellada CNN

    Em entrevista à CNN nesta quarta-feira (26), o senador Humberto Costa (PT-PE) afirmou que o governo federal não tem candidatos para a presidência ou relatoria da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que irá investigar os atos criminosos de 8 de janeiro.

    A leitura do requerimento que permite a criação do colegiado foi feita nesta quarta pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Agora, os líderes partidários devem indicar parlamentares para compor a comissão.

    “O governo não tem candidato a presidente nem a relator [da CPMI]. Isso tudo é definido no âmbito do Congresso Nacional. Acredito que quem quer que venha a presidir ou relatar, para o governo estará de bom tamanho. Não haverá ingerência do governo no Congresso para essa definição”, disse Costa.

    Serão 16 integrantes titulares e 16 suplentes de cada uma das Casas (Câmara e Senado). Com isso, a CPMI terá 64 membros, entre titulares e suplentes.

    Após a divulgação, com exclusividade, de imagens de câmeras de segurança do Palácio do Planalto durante as invasões — que levaram o então ministro Gonçalves Dias, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) a pedir demissão — o governo federal passou a apoiar a investigação.

    Humberto Costa pondera que a base aliada terá condição de ter maioria no colegiado e ocupar “os espaços mais importantes da CPI”. Também avaliou que o MDB deve fazer indicação para relatoria ou presidência. “Aposto na possibilidade de o Senado ter a presidência e a Câmara ter a relatoria”, complementou.

    “Imagino que pessoas que têm compromisso com a verdade, compondo a comissão, não tenho dúvida que chegaremos à realidade dos fatos, e isso favorece o governo”, observou o senador.

    O parlamentar também disse que a administração federal não tem receio com a CPMI e que, em sua opinião, ela chegará em “em algumas figuras que podem ser considerados peixes graúdos. Será motivo de mais constrangimento para a oposição”.

    Assista à entrevista completa no vídeo acima.

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