Governo não alimenta disputa na sucessão da Câmara, diz Padilha à CNN
Ministro das Relações Institucionais diz que o governo acompanha o processo, mas não pretende interferir nas disputas internas na Casa
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou em entrevista ao Bastidores CNN que o governo federal não pretende interferir no processo de sucessão da presidência da Câmara dos Deputados.
Padilha enfatizou que o Executivo mantém uma postura de observação, evitando alimentar qualquer tipo de disputa interna na Casa.
“O governo não cai na cilada de querer interferir nesse processo. É um processo construído pela Câmara dos Deputados”, afirmou o ministro.
Ele acrescentou que a eleição, prevista para 1º de fevereiro, deve se estender, e que o governo vê com bons olhos a construção de consensos entre os parlamentares.
Padilha comentou o surgimento de novos nomes para a disputa, como o do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), descrevendo-o como “extremamente qualificado” e “muito habilidoso”.
O ministro também mencionou Marcos Pereira, que retirou sua candidatura para apoiar o líder de seu partido.
Foco nas votações e projetos econômicos
O ministro ressaltou que a prioridade do governo é manter o foco nas votações e na aprovação de projetos importantes para o crescimento econômico e a redução da desigualdade no país.
Padilha destacou a recente aprovação do programa “Acredita”, que visa fornecer crédito mais acessível para micro, pequenos e médios empresários.
“Nossa concentração toda nesse último mês era conseguir aprovar o Acredita, que concluiu a votação na Câmara e no Senado”, explicou Padilha.
O programa também inclui apoio a beneficiários do Bolsa Família que desejam empreender, além de medidas para atrair investimentos externos e impulsionar setores como energia renovável e transição ecológica.
Padilha concluiu reafirmando o compromisso do governo em não interferir nas decisões internas do Legislativo, mantendo o foco na agenda econômica e social do país.
A postura do Executivo, segundo o ministro, é de respeito à autonomia da Câmara dos Deputados no processo de escolha de sua nova liderança.