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    Governo manifesta “pesar” pela morte do autor da Lei Rouanet

    Embaixador, de 88 anos, lutava contra a doença de Parkinson; ele também ocupou o cargo de ministro da Cultura entre 1991 e 1992

    Júlia Vieirada CNN , de São Paulo

    O Itamaraty publicou nesta segunda-feira (4) um nota de pesar pela morte do embaixador Sergio Paulo Rouanet, aos 88 anos, na manhã do domingo (3), no Rio de Janeiro.

    Rouanet foi o criador da Lei de Incentivo à Cultura no Brasil e lutava contra a doença de Parkinson.

    Destacou-se na carreira pública como cônsul na Alemanha e como ministro da Cultura. O diplomata ocupou a cadeira nº 13 da Academia Brasileira de Letras (ABL).

    Em nota, o Ministério das Relações Exteriores diz ter recebido a notícia com “profundo pesar”.

    A pasta acrescenta que Rouanet se “destacou como homem público” e “prestou relevantes contribuições à difusão da cultura brasileira no exterior”.

    “O Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Carlos Alberto Franco França, manifesta condolências aos familiares, especialmente à professora Bárbara Freitag, sua esposa, e aos colegas e amigos do Embaixador Sérgio Paulo Rouanet, unindo-se a todos que lamentam a perda de grande pensador e diplomata, sempre comprometido com o Brasil”, finaliza o documento.

    Leia a íntegra da nota do Itamaraty:

    Ministério das Relações Exteriores recebeu com profundo pesar o falecimento do Embaixador Sergio Paulo Rouanet, ocorrido em 3 de julho, no Rio de Janeiro.

    Sérgio Paulo Rouanet ingressou no Instituto Rio Branco em 1955. Ao longo de 47 anos de carreira diplomática, serviu nas missões do Brasil em Washington, Nova York e Genebra, foi Cônsul-Geral em Zurique e Berlim e Embaixador na Dinamarca e na República Tcheca. No Brasil, chefiou a Divisão de Política Comercial e dirigiu o Departamento da Ásia e Oceania. Entre suas várias contribuições relevantes à política externa, notabilizou-se como formulador de propostas favoráveis aos países em desenvolvimento no âmbito do GATT, acordo antecessor da Organização Mundial do Comércio (OMC), e da Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (UNCTAD).

    Destacado homem público, foi Secretário da Cultura da Presidência da República, de 1991 a 1992, e prestou relevantes contribuições à difusão da cultura brasileira no exterior.

    Um dos grandes intelectuais contemporâneos, Rouanet foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1992, ocupante da cadeira nº 13, tendo sido recebido pelo acadêmico e diplomata Antonio Houaiss. Era também ocupante da cadeira nº 34 da Academia Brasileira de Filosofia.

    O Ministro das Relações Exteriores, Embaixador Carlos Alberto Franco França, manifesta condolências aos familiares, especialmente à professora Bárbara Freitag, sua esposa, e aos colegas e amigos do Embaixador Sérgio Paulo Rouanet, unindo-se a todos que lamentam a perda de grande pensador e diplomata, sempre comprometido com o Brasil.

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