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    Governo federal atribui vacinação lenta à falta de doses no mundo

    Advocacia-Geral da União (AGU) ainda afirmou que após a distribuição de vacinas, a responsabilidade pela aplicação é de estados e municípios

    Guilherme Venaglia, da CNN, em São Paulo

    O governo federal enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma manifestação em que diz que não pode ser responsabilizado pelos atrasos na vacinação contra a Covid-19. O documento da Advocacia-Geral da União (AGU) argumenta que a aplicação é feita por estados e municípios e que a falta de doses é um problema mundial e não apenas do Brasil.

    Apesar de a União estar atuando, dentro do que as limitações jurídicas e científicas lhe permitem, para disponibilizar a vacina a toda a população brasileira, o fato é que ainda não estão disponíveis doses suficientes para atingir tal objetivo

    Luciano Pereira Dutra, advogado da União

    A AGU se manifestou em uma ação movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que questiona o que acredita ser um ritmo lento de vacinação contra a Covid-19 no Brasil e pede ao STF que determine procedimentos a serem adotados para acelerar a imunização. O relator é o ministro Ricardo Lewandowski.

    No documento, o governo ainda diz ter direcionado R$ 20,5 bilhões para a aquisição de vacinas, sendo as maiores parcelas desse montante direcionadas ao Instituto Butantan (R$ 5,8 bilhões por 100 milhões de doses da Coronavac) e à Pfizer (R$ 5,6 bilhões também por 100 milhões de doses).

    Ao todo, a AGU disse que o governo federal assegurou 422 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. No entanto, os quantitativos não estão descritos por meses no cronograma apresentado.

    Ilustração de vacina contra Covid-19 desenvolvida no Brasil
    Ilustração de vacina contra Covid-19 desenvolvida no Brasil
    Foto: MIGUEL NORONHA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

    Parte das doses já contratadas está vindo em velocidade mais lenta do que a projetada pelo governo Bolsonaro. Em março, foram 9,9 milhões de doses a menos que o previsto, 8 milhões da vacina indiana Covaxin e 1,9 milhão de doses do consórcio global Covax Facility.

    Para abril, a colunista da CNN Raquel Landim informa que a projeção caiu quase pela metade. O Brasil deve receber 25,5 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19, um total de 53% da projeção inicial, que era de 47 milhões de doses.