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    Governo do Brasil rompe com aliança ultraconservadora criada por Trump

    Itamaraty anunciou que não mais participa do Consenso de Genebra, que tem, segundo o ministério, um “entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”

    Basília Rodrigues

    O novo governo federal comunicou nesta semana que rompeu com o Consenso de Genebra, a aliança ultraconservadora criada pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump com apoio de Jair Bolsonaro.

    Segundo o Ministério das Relações Exteriores, “essa aliança de mais de 30 países tem entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família e pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

    Em contrapartida, o governo confirma que se mantém associado ao Compromisso de Santiago, assinado em 2020 no contexto de combate dos países latino-americanos à Covid-19, e à Declaração do Panamá, de 2000, baseado na busca por equidade e a justiça social para criança e adolescência.

    “Eles estão plenamente alinhados com a legislação brasileira pertinente, em particular no que respeita à promoção da igualdade e da equidade de gênero em diferentes esferas, à participação política das mulheres, ao combate a todas as formas de violência e discriminação, bem como aos direitos sexuais e reprodutivos”, disse o Itamaraty.

    Também nesta semana, o Itamaraty anunciou o embaixador Sérgio França Danese como representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas, em Nova York, e uma série de novos secretários que vão completar o time do chanceler Mauro Vieira.

    Em comum, são nomes experientes que já desempenharam um ou dois postos de representação do Brasil.

     

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