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    Governo coloca indicado do centrão em direção de fundo com orçamento de R$ 30 bi

    Garigham Amarante será diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE); centrão espera novas nomeações nesta semana

    Bárbara Baião, da CNN, em Brasília

    Assessor do PL foi indicado para direção do FNDE, com orçamento é de R$ 30 bi
    Garigham Amarante, assessor liderança do Partido Liberal (PL) na Câmara, será diretor de Ações Ocupacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)
    Foto: Cayo Felipe – 28.mar.2016/ Amusuh

    Em uma nova rodada de negociações com o centrão, o governo nomeou o assessor técnico da liderança do Partido Liberal (PL) na Câmara do Deputados Garigham Amarante para o cargo de diretor de Ações Educacionais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

    A indicação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (18), e tem a bênção do presidente do PL, Waldemar Costa Neto, condenado no esquema do mensalão.

    O orçamento anual do FNDE, responsável pela execução das principais ações do governo voltadas ao ensino público, é de R$ 30 bilhões. Além do cargo de direção cedido ao PL, também está na mesa de negociação com o governo a prioridade para que o Partido Progressista (PP), comandado pelo senador Ciro Nogueira, indique o presidente da autarquia.

    Antes do PL, o PP e o Republicanos já haviam conseguido emplacar, respectivamente, nomes no controle do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), e na Secretaria de Mobilidade Urbana do Ministério do Desenvolvimento Regional.

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    A expectativa dos dirigentes dessas siglas é de que novas nomeações de segundo e terceiro escalões sejam destravadas esta semana, após o Planalto fazer uma espécie de pente-fino no currículo e nas afinidades ideológicas dos postulantes. As negociações com o centrão começaram na primeira quinzena de abril e candidatos sem ensino superior ou com alguma simpatia pelo PT, por exemplo, tiveram a indicação barrada.

    Em troca dos cargos, os partidos prometem fidelidade em votações que forem de interesse do governo no Congresso Nacional.

    O interesse do governo pela formação de uma base de apoio vem em um momento em que o presidente Jair Bolsonaro é investigado por suposta interferência política na Polícia Federal, segundo acusações do ex-ministro Sergio Moro, e a oposição no Congresso se movimenta em favor de uma CPI e pressiona pela abertura de um pedido de impeachment.

    As negociações também têm como pano de fundo a eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados no ano que vem.