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    Governo brasileiro já se divide sobre reconhecimento a Biden

    O Itamaraty resiste à ideia de reconhecer desde já, sob a justificativa de que não é cabível "se antecipar às próprias instituições americanas"

    Palácio do Planalto: parte do governo diz não deve se "antecipar às instituições americanas"
    Palácio do Planalto: parte do governo diz não deve se "antecipar às instituições americanas" Foto: Cristiano Mascaro/Portal da Copa 2014

    Caio Junqueirada CNN

    Setores do governo já se dividem sobre a necessidade de reconhecimento por parte do presidente Jair Bolsonaro da vitória do democrata Joe Biden contra Donald Trump na eleição americana.

    O Itamaraty resiste à ideia de reconhecer desde já, sob a justificativa de que não é cabível “se antecipar às próprias instituições americanas”, segundo uma fonte disse à CNN. A ideia por ali é aguardar o resultado final da judicialização que os republicanos estão promovendo para só então reconhecer o vitorioso.

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    Mas essa linha já começa a ser criticada por outros dois segmentos importantes do governo Bolsonaro: os militares e o Centrão, base aliada de Bolsonaro no Congresso Nacional. Para esses grupos, o Brasil já deve começar a pensar em rever a estratégia defendida pelo Itamaraty.

    Ainda mais porque alguns argumentos que a diplomacia brasileira vinha defendendo começam a cair por terra. Um deles, o de que era preciso aguardar Biden se declarar vitorioso. O democrata já fez isso. Outro era o de que a Organização dos Estados Americanos recomendou cautela nos reconhecimentos. Mas o próprio secretário-geral da organização, Luis Almagro, já parabenizou Biden.  

    Além disso, países da América do Sul, como Chile e Uruguai, e europeus, como Alemanha, França, Portugal e Reino Unido, também já reconheceram. Até a Índia de Narendra Modi, direitista próximo a Bolsonaro, também reconheceu.