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    Governo avalia criar grupo da AGU como alternativa à CPI da Braskem

    Movimento daria mais controle ao Poder Executivo sobre a apuração dos estragos provocados pela exploração da mineradora em Maceió

    Vista dos arcos do Palácio do Planalto
    Vista dos arcos do Palácio do Planalto Dida Sampaio/Estadão Conteúdo - 25.jun.2013

    Basília Rodriguesda CNN em Brasília

    Como alternativa à CPI da Braskem, integrantes do governo avaliam criar uma comissão especial coordenada pela Advocacia-Geral da União (AGU).

    Isso daria mais controle ao Poder Executivo sobre a apuração dos estragos provocados pela exploração da mineradora em Maceió do que uma CPI, que é por natureza um palco político para opositores.

    A Petrobras é uma das acionistas da Braskem e qualquer responsabilização da mineradora poderia recair sobre a estatal.

    O grupo da AGU ficaria sob a tutela do ministro Jorge Messias e teria amplos poderes para requisitar informações sobre tudo o que se passou nos últimos anos.

    “Acontece que o Planalto não tem interesse na realização da CPI, que pode causar problemas para a Petrobras, a segunda maior acionista da indústria petroquímica”, afirmou à CNN um dos participantes da reunião que ocorreu nesta manhã no Palácio do Planalto sobre o assunto.

    A ideia é tratada com simpatia entre apoiadores do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL). Eles também são contrários à instalação de uma CPI e veem convergência com integrantes do governo Lula.

    Já o ex-presidente do Senado, Renan Calheiros, é o principal articulador da comissão. Para ele, a CPI é “isenta, indispensável, inadiável”.

    À CNN, o senador destacou que todos integrantes da comissão já foram indicados e não haveria mais nada para impedir o início da investigação.

    Adversário histórico

    Em momento raro na política, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e Renan Calheiros, ambos alagoanos, se reuniram no Palácio do Planalto para discutir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) os estragos provocados pelas minas de sal-gema em Maceió. O encontro acontece nesta terça-feira (12).

    À CNN, um ministro do Palácio do Planalto classificou a situação de “Lula Facts”, uma forma irônica de se referir a “coisas que só Lula faz”. Caberá ao petista o papel de mediador do impasse político.