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    Governo avalia chamar PF para apurar denúncia anônima sobre programa para eventos

    Avaliação é de que a Receita Federal por si só não tem como avançar nas apurações se houve lavagem de dinheiro sem o apoio da PF

    Há possibilidade de a Polícia Federal ser chamada a entrar na investigação para apurar eventuais irregularidades no Perse
    Há possibilidade de a Polícia Federal ser chamada a entrar na investigação para apurar eventuais irregularidades no Perse Frederico Brasil/The News 2/Estadão Conteúdo

    Caio Junqueirada CNN

    São Paulo

    Fontes do governo informaram à CNN de que há possibilidade de a Polícia Federal ser chamada a entrar na investigação para apurar eventuais irregularidades no Perse, o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos.

    A avaliação é de que a Receita Federal por si só não tem como avançar nas apurações se houve lavagem de dinheiro sem o apoio da PF.

    Ainda segundo fontes do governo, algumas empresas teriam aproveitado a isenção de 100% dos tributos federais para driblar os órgãos federais e lavar dinheiro.

    A lavagem seria mais fácil de ser feita por meio de eventos pois é difícil de controlar e pagamentos em dinheiro são comuns.

    Foi uma denúncia anônima que levou a Receita Federal a abrir uma investigação para apurar potenciais. irregularidades.

    A suspeita é de que empresas utilizaram o programa para sonegar tributos com dinheiro lavado e que há fraudes, com empresas fora do segmento tendo se cadastrado para receber o benefício.

    As informações recebidas de forma anônima são consideradas graves, o que faz a Receita avaliar tornar pública a lista de empresas que teriam cometido irregularidades por meio do programa.

    Seria não só uma forma de o governo expor a gravidade da denúncia, mas de tentar avançar nas negociações com o Congresso Nacional para aprovar uma medida que ponha fim ao programa.

    O governo editou uma MP em dezembro pondo fim gradual ao Perse, mas ela é contestada por deputados e senadores.

    Embate governo Lula e Lira

    A quebra de braço sobre o destino do programa intensificou o embate entre o presidente da Câmara, Arthur Lira, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

    Lira defende a constituidade dos benefícios, enquanto Haddad e Padilha desejam seu fim gradual até 2025.

    O programa foi criado para socorrer empresas de eventos após a pandemia e já custou R$ 17 bilhões aos cofres públicos.