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    Governistas pressionam Salles para desistir do indiciamento de deputado petista na CPI do MST

    Relator indicou que deve sugerir o indiciamento de Valmir Assunção e outras pessoas no parecer final da comissão

    Luciana Amaralda CNN , Brasília

    Deputados federais governistas têm pressionado Ricardo Salles (PL-SP) a recuar da sugestão de indiciamento do deputado petista Valmir Assunção (BA) no relatório final. Ele é o relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara dos Deputados que investiga ações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

    Salles indicou que deve sugerir o indiciamento de Valmir Assunção e outras pessoas no parecer final da comissão, que deve ser apresentado nos próximos dias. Valmir Assunção tem relações fortes com o MST na Bahia.

    Deputados governistas então querem ajudar o colega petista. Ainda não querem deixar que se crie um precedente de pedido de indiciamentos de parlamentares em futuras CPIs.

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    Pressão

    Um eventual acordo cogitado passa pela desistência de um relatório paralelo que a base aliada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem preparado.

    Por enquanto, o documento paralelo está em elaboração e sendo usado como forma de pressionar os ruralistas na CPI do MST. No entanto, os governistas cogitam só tentar derrotar o relatório de Salles e não apresentar o relatório paralelo. Isso porque não têm a garantia de votos a favor do texto alternativo por parte do Centrão.

    Paralelo

    A CNN teve acesso ao relatório paralelo em desenvolvimento pelos governistas. O esboço já conta com mais de 80 páginas e começa afirmando que o “requerimento de criação da comissão não indicou um fato determinado, como exigido pelo texto constitucional, propondo uma investigação de sujeitos, o que é vedado pela Lei”.

    O tom do relatório, diz, é ser “propositivo”, com sugestões para aumentar os recursos para a reforma agrária, por exemplo. Defende a legitimidade do MST e da Frente Nacional de Luta (FNL).

    Mesmo assim, o esboço aborda o que os governistas consideram atropelos ao regimento, entre outras críticas. “Os documentos encaminhados à CPI também evidenciam a inexistência de quaisquer desvios ou irregularidades de repasses de recursos entre a União e estados (feiras de reforma agrária), e municípios (aquisição de produtos da agricultura familiar) e organizações ou entidades de reforma e desenvolvimento agrário.”

    Até o momento, o rascunho dos governistas não propõe indiciamentos de pessoas ao final.

    Na quarta-feira (13), o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), decidiu prorrogar o funcionamento das CPIs na Casa por sete dias. A maioria acabaria em meados deste mês.

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