Governistas no Senado enxergam aceno à oposição em movimento por mandatos de ministros do STF
Avaliação de aliados do governo é de que, ao defender a proposta, Rodrigo Pacheco acena à oposição para eventual apoio à candidatura de um sucessor em 2025
Aliados do governo reagiram, nos bastidores, à ofensiva do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), de encampar um projeto de lei que prevê a criação de mandatos fixos para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A avaliação é de que, ao defender a proposta, Pacheco acena à oposição para eventual apoio à candidatura de um sucessor em 2025.
O nome mais cotado para assumir a vaga de Pacheco, com seu apoio, é Davi Alcolumbre (União-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça, que hoje, a toque de caixa, aprovou uma proposta que limita decisões do Supremo.
Na última eleição, oposicionistas colocaram em risco a recondução de Pacheco ao lançar Rogério Marinho na disputa. O tema, no entanto, segundo senadores, não deverá ir adiante pela falta de quórum para aprovar a matéria e o curto tempo para discuti-la nas duas Casas.
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, já se posicionou contra a proposta.
A discussão das chamadas pautas de costume pelo Supremo elevou a temperatura entre os dois Poderes. Os exemplos são a liberação do porte de drogas para consumo próprio, a descriminalização do aborto até o terceiro mês de gestação e o marco temporal de terras indígenas.