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    Governadores rebatem fala de Bolsonaro: ‘Se não sabe o que fazer, renuncie’

    Flávio Dino (MA), João Doria (SP) e Renato Casagrande (ES) responderam às críticas do presidente sobre medidas de contenção da Covid-19

    Da CNN, em São Paulo

    Os governadores Flávio Dino (PCdoB-MA), João Doria (PSDB-SP) e Renato Casagrande (PSB-ES) se manifestaram nas redes sociais nesta quinta-feira (14) contra as críticas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a medidas de contenção da Covid-19, que classificou como “absurdas”.

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    “Se a crise econômica fosse causada pelos governadores, por que ela existe em outros países?”, questionou Dino. “A responsabilidade da gestão econômica é dele [Bolsonaro]. Se não sabe o que fazer, renuncie”.

     

    Doria disse que o presidente deixa de defender a saúde para atacar quem está trabalhando para proteger vidas. O governador paulista pediu também que o presidente “acorde para a realidade”. “Saia da bolha de ódio e comece a ser um líder. Se for capaz”, completou.

     

    Casagrande disse que, ao alimentar o enfrentamento, o presidente dificulta ainda mais o trabalho durante a pandemia. “O diálogo sincero é o único caminho para, prioritariamente, preservarmos vidas e também empregos”, escreveu. 

     

    Sem citar o episódio, Rui Costa (PT-BA) e Ronaldo Caiado (MDB-GO) também publicaram mensagens nesse sentido.

    “Lamento a ganância de alguns, mas não vou desistir de tentar construir uma convergência”, escreveu Caiado.

     

    Costa disse que não administraria o estado pelas redes sociais e que trabalharia para salvar vidas. “Nem tentem me intimidar. Medo não faz parte do meu dicionário”, declarou.

     

    A fala de Bolsonaro

    Nesta manhã, no Palácio da Alvorada, Bolsonaro defendeu a volta ao trabalho e disse que governadores e prefeitos que adotaram medidas de contenção deveriam se desculpar.

    “Governador e prefeito que, por ventura, entre nessa onda, faça como eu já fiz algumas vezes na vida: se desculpa e foca em fazer a coisa certa”, afirmou.

    Ele pediu que os gestores locais revissem as políticas e que estaria pronto para conversar.

    “Vamos preservar vidas, vamos. Mas o preço lá na frente serão centenas [de mortes] com essas medidas absurdas de fechar tudo”, declarou.

    De acordo com os dados do Ministério da Saúde divulgados ontem (13), o Brasil tem 188.974 casos confirmados e 13.149 mortes por Covid-19.

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