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    Governador do Rio diz não entender motivo para ser chamado à CPI da Pandemia

    Requerimento para Cláudio Castro depor será avaliado na sexta-feira (18) por integrantes da Comissão

    Pedro Duran, da CNN no Rio de Janeiro

     O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), disse que não enxerga motivos que possam levá-lo a ser chamado para depor na CPI da Pandemia no Senado e que se for confirmada a convocação dele, vai se reunir com advogados para traçar uma estratégia.

    O requerimento para que ele deponha aos senadores na condição de testemunha deve ser avaliado nesta sexta-feira (18) pelos membros da Comissão. 

    “Isso ainda é uma coisa que eu vou avaliar. Tem que ver se eu vou ser ou não convocado. Da última vez, disseram que eu ia ser, acabou que eu não fui. Eu vou conversar com meus advogados, com a minha equipe se eu devo recorrer ou não. Ainda vai ser uma avaliação após ser ou não chamado”, disse.

    Castro sustenta que uma eventual convocação dele não se justifica, seja pelas denúncias na área da saúde contra membros do governo e Organizações Sociais na gestão Wilson Witzel, ou pela organização do passeio de motocicletas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

    “Acho que não tem motivo algum. O que a gente ouve é que seria por causa das questões que eu era vice, não era nem o governador originário, nem tinha acesso nenhum à saúde. Na época, disseram que ia ser por causa da motociata do presidente, o que foi gasto. Se foi gasto, é um dinheiro estadual. Quem tem que fazer isso seriam os órgãos de controle estaduais. Eu não consigo enxergar um motivo de me chamarem”, disse. “Eu, particularmente, não consigo entender o motivo de chamar, mas vou respeitar a comissão se eles resolverem”.

    O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC)
    O governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC)
    Foto: André Melo Andrade/Immagini/Estadão Conteúdo

    Nessa quarta-feira (16), o antecessor de Castro, Wilson Witzel, disse que os hospitais federais do Rio de Janeiro “têm dono” e que os senadores deveriam investigar as OSs que atuam na saúde no estado.

    As denúncias contra ele que basearam o processo de impeachment foram justamente de favorecimento a Organizações Sociais que acabaram sendo alvos de investigações por fraudes e superfaturamento na área da saúde. Witzel defende que Castro também seja investigado.

    “Eu não vou ficar cotejando o que ele falou, não é meu papel esse. Se eu tivesse alguma participação já teria sido denunciado, eu já estaria figurando em alguma punição. Não tem nenhuma [medida] cautelar contra mim, é a grande prova que eu não tenho nada a ver com isso”, disse.

    “Meu nome acabou citado e depois não ter sido citado em mais nada, não ter nenhuma conta com relação a mim, nada. Com certeza, eu fui investigado. Eu duvido que o MPF não tenha investigado todos que foram. Se não me denunciaram é a grande prova de que o Edmar começou a falar de todos, indiscriminadamente, o que ele queria era se livrar da cadeia”, afirmou Castro se referindo à delação premiada de Edmar Santos, ex-secretário da saúde, peça fundamental para o processo que tirou Witzel da cadeira de governador.