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    Gonçalves Dias estava contribuindo para gerenciar crise do 8 de janeiro, diz ministro do GSI à CNN

    Marcos Amaro avaliou que presença do ex-chefe do gabinete de segurança no Planalto era "natural" e disse que ele próprio também estaria lá se fosse o caso

    Basília RodriguesTiago Tortellada CNN , Brasília e São Paulo

    Em entrevista exclusiva à CNN nesta terça-feira (6), o general Marcos Amaro, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), avaliou como “natural” a presença de Gonçalves Dias, ex-ministro do GSI, no Palácio do Planalto durante os ataques criminosos de 8 de janeiro, pois ele estaria “contribuindo para gerenciar a crise”.

    “A presença do ministro-chefe do GSI naquele momento, para mim, é uma coisa muito natural, eu também estaria presente se estivesse ocorrendo uma ocorrência de tal vulto (…) Seria natural que o chefe estivesse presente para resolver esse problema”, disse.

    Amaro disse que os vídeos de Dias na antessala do gabinete presidencial focaram em uma imagem que não descreve todas ações que o ex-ministro teria feito na ocasião. “Uma única imagem foi repetida centenas de vezes. Aquela não foi certamente a única atitude do ministro naquela ocorrência”, ressaltou.

    O ministro negou que o ex-chefe do GSI estivesse indicando a saída do Palácio para os invasores, mas, na verdade, o caminho para o segundo andar, “onde seriam contidos e presos”.

    O general ressaltou que o Palácio do Planalto não foi invadido pela porta principal, mas pelas laterais, que são constituídas por vidraças.

    Ele também pontuou que “quando acontece uma grande tragédia, um grande desastre, não existe um único fator contributivo para aquela ocorrência. Acho que também ocorreu isso no 8 de janeiro”, pontuou.

    Além disso, Amaro observou que, se for convocado, comparecerá à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará os ataques criminosos de 8 de janeiro para “prestar os esclarecimentos sobre o funcionamento do GSI”.

    Sindicância e segurança de Lula

    Marcos Amaro também disse que a sindicância realizada pelo GSI sobre o 8 de janeiro “vai procurar demonstrar como as coisas aconteceram, talvez indicando possibilidade de responsabilização”. A CNN apurou que documento tem 584 páginas e não estabelece punições, por se tratar de procedimento sem contraditório dos acusados, ao contrário de um processo judicial.

    O “primeiro destinatário” do documento será o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, será mostrado para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Ministério da Defesa, as Forças Armadas, e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

    Sobre a segurança de Lula, o general voltou a defender o retorno do GSI, ou seja, de militares mais perto do presidente da República para protegê-lo. Segundo ele, não há histórico de incidentes graves.

    Em meio à disputa com a secretaria extraordinária que atualmente cuida da segurança do chefe de Estado, o general negou que o clima seja de conflito mas reclamou que há “falta de unidade de comando”.

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