Gleisi: “Padilha devia focar nas articulações políticas do governo”
Nesta segunda (28), o ministro das Relações Institucionais disse que o PT precisa “fazer uma avaliação profunda” sobre as eleições municipais
A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, usou as redes sociais para rebater a afirmação do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, de que o partido precisa “fazer uma avaliação profunda” sobre as eleições municipais.
“Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece”, escreveu.
Segundo a deputada, a legenda pagou o preço de estar num governo de ampla coalizão. “E estamos numa ofensiva da extrema direita. Ofender o partido fazendo graça, e diminuir nosso esforço nacional não contribui para alterar essa correlação de forças”, completou.
No final do texto, Gleisi Hoffman alfinetou: “Padilha devia focar nas articulações políticas do governo, de sua responsabilidade, que ajudaram a chegar a esses resultados”.
Temos de refrescar a memória do ministro Padilha, o que aconteceu conosco desde 2016 e a base de centro e direita do Congresso que se reproduz nas eleições municipais, que ele bem conhece. Pagamos o preço, como partido, de estar num governo de ampla coalizão. E estamos numa…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) October 28, 2024
Mais cedo, logo após se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para fazer um balanço do pleito de domingo (27), o ministro fez uma avaliação sobre o desempenho do PT nas urnas.
“Ainda tem um esforço de recuperação e eu acho que o PT vai fazer uma avaliação sobre isso, certamente sobre esse resultado, como voltar a ser um partido com mais protagonismo, sobretudo nas grandes cidades, nas médias cidades”, completou.
Questionado sobre o impacto deste desempenho nas eleições de 2026, o ministrou amenizou. “Se a eleição municipal tivesse algum impacto sobre a eleição presidencial, o presidente Lula nunca tinha sido eleito presidente da República, nem o PT nunca teria sido o partido que desde 89 ou ganha ou estava no segundo turno das eleições presidenciais”, afirmou.
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