Gleisi classifica como “molecagem” publicações feitas pelo presidente da Argentina
Javier Milei usou as redes sociais para repostar mensagens de jornalistas e manifestantes que participaram de ato pró-Bolsonaro
A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, classificou como “molecagem” as postagens feitas pelo presidente da Argentina, Javier Milei, a respeito do ato pró-Bolsonaro, realizado neste domingo (25), em São Paulo.
“Javier Milei fez molecagem nas redes sociais, divulgando mentiras de bolsonaristas sobre Lula. Falar em ditadura no Brasil é total irresponsabilidade, mais grave ainda se é reproduzida pelo presidente de país vizinho, amigo e parceiro comercial”, escreveu a deputada na rede social X (antigo Twitter).
Javier Milei fez molecagem nas redes sociais, divulgando mentiras de bolsonaristas sobre @LulaOficial. Falar em ditadura no Brasil é total irresponsabilidade, mais grave ainda se é reproduzida pelo presidente de país vizinho, amigo e parceiro comercial. Milei devia cuidar…
— Gleisi Hoffmann (@gleisi) February 26, 2024
Milei republicou vídeos feitos por pessoas que participaram do evento. As postagens dizem que a “grande mobilização” buscou questionar “o autoritarismo de Lula” e a “perseguição à oposição”.
Em uma das imagens compartilhadas pelo presidente argentino, Bolsonaro aparece segurando a bandeira de Israel, com a seguinte mensagem escrita pela autora da publicação: “Lula é pró-Hamas. Bolsonaro é pró-Israel”.
Milei também compartilhou uma postagem feita pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em que o parlamentar diz que “não adiantou ameaçar”, “nem bloquear estradas”. “O grito por liberdade falou mais alto.”
Para a presidente do PT, “Milei devia cuidar primeiro de resolver os graves problemas do povo da Argentina”. “Foi eleito para isso, mas prefere ofender Lula e perseguir estudantes brasileiros em seu país”, completou.
No fim de semana, Javier Milei participou de evento nos Estados Unidos, que contou com a presença do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Jair Bolsonaro (PL), apoiador de ambos, também participaria do encontro. Mas o passaporte dele foi apreendido recentemente pela Polícia Federal em razão das investigações que apuram suposto golpe de Estado.