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    Girão avalia que não houve demora na compra de vacinas por parte do governo

    Segundo o senador, após a aprovação de uma lei que "respaldava" o país, a compra de imunizantes da Pfizer foi efetuada

    Layane Serrano e Renato Barcellos, da CNN São Paulo

    Em entrevista à CNN, o senador e membro titular da CPI da Pandemia, Eduardo Girão (Podemos-CE), avaliou que não houve demora por parte do governo federal em relação à compra de vacinas contra a Covid-19.

    Segundo o parlamentar, a União efetuou a compra dos imunizantes da Pfizer dias após a aprovação de uma legislação no Congresso Nacional que “respaldava o país”. O senador, no entanto, afirmou que as declarações públicas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a vacinação mais atrapalham do que ajudam.

    “A questão de compras [de vacinas], se isso [declarações do presidente contra os imunizantes] fez demorar… pelo menos até agora, nos documentos que nós temos cruzado, a gente viu inclusive barreiras legislativas de ordem legal para nós podermos fazer essa compra, por exemplo, junto à Pfizer. O Brasil quando conseguiu aprovar no Congresso Nacional a legislação para respaldar o país nas cláusulas leoninas da Pfizer, em nove dias foi feita a compra”.

    Para Girão, o debate em torno da compra dos imunizantes se intensificou após a declaração do diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, de que o Brasil poderia ter sido o primeiro país no mundo a se vacinar. 

    Dimas Covas, porém, afirmou à CPI que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a começar a imunização contra o novo coronavírus se “houvesse uma agilidade de todos os atores” trabalhando em conjunto.

    “O mundo começou a vacinação no dia 8 de dezembro. No final do mês, tinham sido aplicadas pouco mais de 4 milhões de doses no mundo e nós tínhamos 5,5 milhões [prontas e estocadas], sem contrato com o Ministério”, disse o diretor do Butantan na ocasião. “Poderíamos ter iniciado a vacinação antes do que começou, tínhamos as doses disponíveis. Eu, muitas vezes, declarei publicamente que o Brasil poderia ser o primeiro país do mundo a começar a vacinação não fossem os percalços que tínhamos que enfrentar nesse período, tanto do ponto de vista do contrato como do ponto de vista regulatório.”

    Ainda de acordo com o senador, além da sociedade, a comunidade científica também está dividida sobre o tratamento precoce, e por isso o debate em torno do assunto é “salutar”. Girão avaliou também que Bolsonaro errou ao divulgar a cloroquina — medicamento sem eficácia comprovada contra a Covid-19 –, visto que a atitude acabou “demonizando” a droga.

    Copa América

    Sobre a possibilidade do Brasil sediar a Copa América — anteriormente prevista para acontecer na Argentina e na Colômbia –, o parlamentar disse que é uma “honra” para o país receber um “espetáculo internacional” e ressaltou que não vê problemas na realização do evento caso todos os protocolos de higiene e isolamento social sejam mantidos.

    Na avaliação do senador, neste momento da pandemia, em que as pessoas “estão tristes”, o futebol é o único lazer para muitas famílias. Ainda segundo Girão, que foi presidente do Fortaleza Esporte Clube, o futebol traz “alegria” e “faz com que as pessoas fiquem em casa”. 

    senador Eduardo Girão (Podemos-CE), titular da CPI da Pandemia
    Senador Eduardo Girão (Podemos-CE), titular da CPI da Pandemia, falou sobre próximos trabalhos da comissão
    Foto: CNN Brasil (31.mai.2021)