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    Gilmar ‘não foi feliz’ ao criticar membros do Exército na Saúde, diz Mourão

    Vice-presidente defendeu a indicação de militares para cargos na pasta

    Marcos Amorozo, da CNN em Brasília

    O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) afirmou, em entrevista à corretora Genial Investimentos, que o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), “não foi feliz” em sua declaração sobre os membros do Exército no Ministério da Saúde.

    “Na linguagem do pólo, ele cruzou a linha da bola, querer comparar com genocídio e atribuir essa culpa ao Exército. Forçou uma barra aí e agora ele está criando um incidente com o Ministério da Defesa, que talvez acione a PGR. A crítica deve ocorrer e é válida, mas o ministro passou a linha da crítica”, disse.

    Nesse contexto, ele disse que há umas semanas as tensões entre os poderes foram diminuindo depois do trabalho bem próximo dos ministros palacianos e o da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, com os ministros do STF. 

    Durante a live, Mourão defendeu a escolha de militares para postos no Ministério da Saúde. Para o vice, as indicações feitas por Eduardo Pazuello refletem a busca por pessoas da confiança do ministro interino, mas que o trabalho principal da pasta segue sendo feita por pessoas da área.

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    “Ele trouxe número de militares, mas a parte técnica continua nas mãos dos profissionais de saúde”, disse, durante a live.

    Mourão admitiu que ter um ministro interino da Saúde durante a pandemia “não é o melhor dos mundos”, mas que Pazuello foi colocado no cargo pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para solucionar os problemas de compra e distribuição de insumos.

    O Ministério da Saúde está sem um ministro efetivo desde o dia 15 de maio, quando Nelson Teich pediu demissão após passar menos de um mês no cargo. Antes, outro ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), também deixou a pasta durante a pandemia. Teich e Mandetta divergiam de Bolsonaro a respeito das políticas de combate à Covid-19.

    A respeito das entrevistas coletivas de atualização do panorama do coronavírus, que deixaram de ser feitas diariamente, o vice-presidente afirmou que o início da pandemia exigia esse volume de informações. Agora, avalia, o governo federal deve fazer uma análise e apresentação das conclusões sobre o consolidado das semanas.

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