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    Generais tentam esfriar ruas

    A avaliação é a de que o desfecho dos protestos é imprevisível

    Caio Junqueirada CNN

    Dois dos principais ministros generais que circundam o presidente Jair Bolsonaro disseram à CNN que a ideia do governo depois das manifestações contra e a favor o Palácio do Planalto ocorridas neste domingo (31) é distensionar o ambiente político e focar na agenda econômica.

    “A prioridade a partir de agora é a agenda da retomada econômica”, disse à CNN o ministro da Casa Civil, general Braga Netto. O ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Ramos, também defendeu à CNN que “os dois lados têm que serenar os ânimos”.

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    As falas mostram a tentativa dos generais palacianos de construírem um novo consenso no governo: o de evitar confrontos. Não mais apenas com o Supremo Tribunal Federal, mas principalmente com as ruas e a sociedade civil. Isso porque foi grande o impacto no governo da presença de manifestantes contrários a Bolsonaro nas ruas.

    Até então, apenas os apoiadores do governo estavam ocupando o cenário das cidades aos domingos para defender o presidente. Além disso, também não caiu bem os manifestos da sociedade civil com críticas a Bolsonaro. Um deles, o “Somos Muitos”, tem a presença de uma vasta gama de personalidades brasileiras, da política à cultura. Outro, chamado “Basta”, inclui diversos advogados de diferentes matizes políticas.

    Foi por esse motivo que Bolsonaro pediu que seus apoiadores segurem um pouco as manifestações. Seus interlocutores –tanto militares quanto civis — têm recomendado a ele essa posição. A avaliação é a de que o desfecho das ruas é imprevisível. 

    A imprevisibilidade do presidente, porém, é um empecilho para essa estratégia. Tanto que nesta semana Bolsonaro articula receber a bancada da bala em seu gabinete, um encontro que tem motivo certo: o pedido de recriação do Ministério da Segurança Pública, uma reivindicação principalmente de policiais militares de todos o país.

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