Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Galípolo tem “acolhimento” da oposição, mas há desconfiança de independência

    Parlamentares temem uma mudança de postura de Galípolo ao assumir a presidência do BC pela proximidade dele com Lula

    Gabriela Pradoda CNN , Brasília

    O indicado à presidência do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, tem encontrado abertura para dialogar com a oposição ao governo Lula no Senado.

    Entretanto, parlamentares ainda questionam a independência do atual diretor de política monetária do BC das opiniões do presidente da República.

     

    Para os opositores, enquanto está no colegiado do Copom (Comitê de Política Monetária), Galípolo tem mostrado, na maioria das vezes, alinhamento com as diretrizes apontadas pelo atual presidente da instituição, Roberto Campos Neto. E isso conta pontos a favor de uma percepção de independência.

    Uma das divergências citadas foi quando os quatro indicados à diretoria do BC por Lula, incluindo Galípolo, votaram por um corte maior da taxa Selic, o que provocou um “racha” no Copom. A divisão mexeu com o mercado financeiro. Na reunião seguinte, o colegiado votou em unanimidade pela manutenção do juros.

    Porém, parlamentares temem uma mudança de postura de Galípolo ao assumir a presidência do BC pela proximidade dele com Lula. Parlamentares da oposição ouvidos pela CNN disseram que, se tiverem encontros com o indicado, gostariam de ver uma reafirmação de independência.

    O presidente já elogiou Galípolo em entrevistas. Em uma das últimas declarações, afirmou que, “se o Galípolo chegar um dia para mim e disser que tem que aumentar a taxa de juros, ótimo, aumente”.

    Galípolo continua o périplo pelo Senado nesta quarta-feira (4) e quinta-feira (5). O indicado já disse a aliados que pretende tentar encontrar o maior número possível de parlamentares.

    O que o eleitor pode e não pode levar para a urna no dia da votação?

    Tópicos