G7 se divide sobre pedido de indiciamento de governador do Amazonas
Avaliação no campo majoritário é de que incluir o pedido de um governador pode abrir discussão sobre o indiciamento de outros chefes.
O campo majoritário da CPI da Pandemia está dividido sobre a inclusão no relatório final de pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima.
O senador Eduardo Braga (MDB-AM) pretende apresentar, na próxima terça-feira (26), um voto separado de indiciamento do governador do Amazonas.
O receio de integrantes do G7, grupo de senadores independentes e de oposição, é de que o pedido de indiciamento de um governador abre precedente para que a base governista exija que outros chefes do Poder Executivo sejam incluídos na lista final.
O que pode levar, por exemplo, a pedidos, pela base governista, de indiciamento do governador do Pará, Helder Barbalho, do mesmo partido de Braga, ou do governador do Alagoas, Renan Filho, filho do relator Renan Calheiros (MDB-AL).
A avaliação é de que o pedido de Braga acabaria dando margem para que o Palácio do Planalto explore politicamente o relatório final, que, até o momento, na avaliação de integrantes do campo majoritário, tem se baseado em critérios técnicos e legais.
Nesta segunda-feira (25), integrantes do campo majoritário avaliam se reunir para discutir mudanças no relatório final antes da votação de terça-feira (26). A intenção é não haver divisões para a última sessão da CPI da Pandemia.
A expectativa é de que, no parecer final, o número de indiciados aumente para cerca de 75 nomes e o capítulo sobre a crise de falta de oxigênio em Manaus seja mais bem explorado.
Procurado pela CNN Brasil, o governador do Amazonas afirmou que um pedido de indiciamento de seu nome tem motivação eleitoral, já que Braga deve ser candidato em 2022.