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    Fux não vai pautar o inquérito das fake news até o retorno de Toffoli

    Entre os alvos da investigação estão o ministro da Educação, Abraham Weintraub, oito parlamentares e outros apoiadores de Bolsonaro

    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF)
    O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) Foto: Fabio Rodrigues Pozzobom/Agência Brasil

    Basília Rodriguesda CNN

    O presidente interino do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, decidiu não pautar o habeas corpus movido pelo governo contra o inquérito das fake news até o retorno do presidente titular, o ministro Dias Toffoli, ao trabalho. Entre os alvos da investigação estão o ministro da Educação, Abraham Weintraub, oito parlamentares e outros apoiadores de Bolsonaro. O habeas corpus pede para que nenhum deles seja preso.

    Com isso, o presidente da corte Dias Toffoli é quem deve avaliar se coloca o habeas corpus na pauta. O ministro relator Edson Fachin pediu para o assunto ser julgado por todo plenário por entender que não deve se manifestar sozinho.

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    Nesta tarde, uma fonte do STF afirmou à coluna que “a corte está unida e tende a manter o inquérito porque fez descobertas perigossísimas”, afirmou, em referência a conteúdo que circula na deepweb com ameaças aos ministros.

    Fux foi avisado por telefone pelo gabinete do ministro Dias Toffoli, que preside a corte, que ficará mais dez dias no comando do tribunal, já que Toffoli continuará em repouso devido a cirurgia que realizou. Ele passará o fim de semana fora de Brasília, irá viajar para o Rio de Janeiro. Na próxima semana, estará de volta à capital federal e já na quarta-feira é dia de sessão plenária no STF. Mas Fux vem declarando a ministros da corte que não marcará nenhum julgamento polêmico no lugar de Toffoli.

    “Existem pautas que precisam passar pelo crivo do presidente para que não passe a ideia de que alguém está sentando na cadeira antes da hora.” Fux assumirá a presidência do tribunal como titular em agosto.

    Entre os ministros, há maioria para manutenção do inquérito, apesar de críticas quanto ao tensionamento do ambiente político. Mas a corte ensaia aproximar mais a Procuradoria Geral da República da investigação, principalmente após o procurador, Augusto Aras, pedir a suspensão do inquérito. Um ministro próximo à Presidência afirmou que “o inquérito seguirá sempre considerando a remessa ao Ministerio Público” porque, na avaliação dele, “os fatos mostraram que o processo precisa existir”.