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    Futuro diretor da PF cancela participação em entrevista por presença de delegado que acusou Lula

    Andrei Rodrigues estaria em uma entrevista que trata sobre a segurança durante a posse, mas desistiu para não aparecer ao lado de Marlon Cajado, acusado por petistas de perseguir o presidente eleito

    Basília Rodrigues

    O futuro diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, cancelou a participação na entrevista com autoridades do governo do Distrito Federal e da PF, marcada para esta manhã, após a equipe de Lula tomar conhecimento de que o delegado escolhido pela PF para conceder as informações, Marlon Cajado, é o mesmo que colheu depoimento de Lula, em 2016, e é acusado por aliados do petista de perseguir o presidente eleito.

    De acordo integrantes da equipe de segurança de Lula, com quem a CNN conversou, a escolha de Cajado passa um sinal ruim da atual administração da PF com o novo governo.

    O delegado da Polícia Federal Marlon Cajado é o atual superintendente da PF no Distrito Federal, em exercício. Ele é uma das autoridades que falará hoje sobre os preparativos de segurança da posse.

    No entanto, em 2016, Cajado ficou conhecido por comandar a Operação Zelotes, que apurou suposta venda de medidas provisórias que beneficiaram o setor automotivo.

    O empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho caçula do ex-presidente, foi um dos investigados pela Zelotes por supostamente atuar para empresa acusada de fazer lobby para a aprovação dessas medidas provisórias.

    Na ocasião, Cajado colheu depoimento de Lula e trouxe à tona a informação de que o então ex-presidente da República era investigado.

    A defesa de Lula, assinada pelo advogado Cristiano Zanin, divulgou nota na época afirmando que “nada justifica a conduta do Delegado Federal Marlon Cajado ao afirmar que o ex-Presidente Lula seria investigado no Inquérito 1621/2015”.

    “O ex-Presidente foi ouvido no dia 6 de janeiro na condição de informante, sem a possibilidade de fazer uso das garantias constitucionais próprias dos investigados. Não há nenhum elemento que justifique a mudança do tratamento”, dizia a nota.

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