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    Futuro chanceler diz que relações com Venezuela serão restabelecidas

    Indicado para Itamaraty, Mauro Vieira deixou claro que relações com país vizinho serão tratadas com Nicolás Maduro

    Leonardo RibbeiroGiovanna Inoueda CNN , Brasília

    O embaixador Mauro Vieira, escolhido pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para ser o próximo ministro das Relações Exteriores disse, nesta quarta-feira (14) em conversa com jornalistas, que o Brasil vai reestabelecer as relações diplomáticas com a Venezuela a partir do dia 1° de janeiro.

    “Num primeiro momento [vamos enviar] um encarregado de negócios, para retomar os prédios e residências que temos lá, chancelaria, e reabrir a embaixada. E posteriormente vamos indicar embaixador também para junto do governo venezuelano”, completou o diplomata.

    Questionado se o governo eleito deixará de reconhecer, de imediato, o autoproclamado presidente venezuelano, Juan Guaidó, como representante do país vizinho, Vieira insinuou que ignora esse fato. O futuro ministro deixou claro que o Brasil só trabalhará com uma hipótese de relacionamento com a Venezuela. “[Será] com governo que foi eleito; o governo Maduro”, frisou.

    Em janeiro de 2019, durante pronunciamento no Fórum de Davos, na Suíça, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PL), deixou de reconhecer Nicolás Maduro como chefe de Estado da Venezuela. Na época, junto com outros países, ofereceu “apoio político e econômico ao país vizinho durante a transição ao regime democrático”, com a alegação de que estaria havendo um golpe político na região.

    Apesar da pressão internacional, Maduro continua à frente da Venezuela. Ainda por conta de uma sanção brasileira, tanto ele, quanto políticos próximos estão impedidos de entrar no Brasil. Esse é um outro problema que chegou à transição do governo federal.

    O embaixador Fernando Igreja, um dos responsáveis pela organização da posse presidencial, informou que Nicolás Maduro foi convidado para o evento. Mas, até o momento, não poderá comparecer porque até o dia da cerimônia continuam vigentes os vetos de acesso ao país impostos pelo presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL).

    Posse

    Nesta quarta-feira (15) a equipe da transição do governo atualizou a lista de chefes de Estado e de governo confirmados para a posse. Na lista estão Alemanha, Angola, Argentina, Bolívia, Cabo Verde, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, Guiana, Guiné-Bissau, Paraguai, Portugal, Suriname, Timor Leste, Uruguai e Zimbábue.