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    Eleições 2022

    Fusões, incorporações e perdas de representação deixam Câmara menos pulverizada

    Composição da Câmara dos Deputados terá menos partidos do que em 2018; siglas de Lula e Bolsonaro lideram em parlamentares

    Danilo Moliternoda CNN , São Paulo

    As eleições do último domingo (2) reverteram a tendência de “pulverização partidária” que a Câmara dos Deputados vinha registrando desde as eleições de 2002.

    Em 1990, 19 partidos tinham representantes na Câmara; em 1994 e 1998, 18. Em 2002, esse número voltou para 19, subindo para 21 em 2006, 22 em 2010, 24 em 2014 e 30 em 2018.

    Nas eleições do último domingo (2), 23 partidos conquistaram pelo menos uma cadeira. Mas apenas 13 superaram a chamada “clausula de barreira” e garantiram representação.

    A redução da quantidade em relação a 2018 ocorre por conta de fusões partidárias, incorporações de siglas e perda de representação.

    O PSL se fundiu com o DEM e formou o União Brasil. O PPL foi incorporado ao PCdoB; o PRP, ao Patriota; o PHS, ao Podemos.

    O DC, PMN e Agir, que elegeram deputados há quatro anos, não estarão representados na legislatura que começa em 2023.

    Nas eleições deste ano, além disso, apenas 13 partidos ou federações conseguiram superar a cláusula de barreira — ou seja, eleger 11 deputados federais em pelo menos nove estados ou ultrapassar 2% dos votos válidos na eleição para a Câmara.

    Portanto, PSC, Patriota, Solidariedade, Novo, Pros e PTB, que elegeram deputados, devem aumentar a lista de fusões ou incorporações por outra sigla. Outra possibilidade é a migração dos eleitos para outra legenda.

    Levantamento da CNN apresenta as bancadas da Câmara para a próxima legislatura e a evolução desde 1990. Confira abaixo:

    “Efeito Bolsonaro”

    O PL, do presidente Jair Bolsonaro, foi o partido que mais elegeu deputados para a Câmara neste ano: 99. A maior bancada da legenda até então havia sido eleita em 2014, com 41 parlamentares. Na época, a sigla tinha o nome de Partido da República (PR).

    Em 2018, o PSL, então partido de Bolsonaro, elegeu 52 deputados.

    No início deste ano, quando o presidente já havia deixado o partido, o PSL se fundiu com o DEM — que elegeu 29 deputados há quatro anos. A fusão das siglas resultou no União Brasil, que conquistou, agora, 59 cadeiras na Câmara.

    PT e PSOL aumentam bancadas

    O PT é a sigla de “esquerda” com maior representação na Câmara desde 1994. Seu auge ocorreu em 2002, ano da primeira eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência, quando emplacou 91 deputados. Os números variaram entre 83 em 2006, 86 em 2010, 68 em 2014 e 54 em 2018.

    No pleito deste ano, a bancada do PT voltou a crescer, com 68 parlamentares. Outro destaque da esquerda nas eleições de domingo foi o PSOL, que elegeu 12 deputados federais — o maior número de sua história.

    Por outro lado, o PDT e o PSB, siglas históricas da esquerda brasileira, elegeram suas menores bancadas desde 1990 e 1994, respectivamente.

    MDB volta a se fortalecer e PSDB reforça queda

    Nas eleições de 1990 e 1994, o PMDB (atual MDB) foi o partido com mais parlamentares eleitos. Em 1990, emplacou 108 deputados federais; em 1994, 107. O partido ainda liderou a representação em 2006, com 89 parlamentares.

    Contudo, na última legislatura, a legenda elegeu a menor bancada de sua história, com 34 parlamentares. Neste ano, apresentou alguma recuperação, com 42 eleitos.

    Outra sigla que historicamente esteve entre as mais representadas é o PSDB. A legenda tucana elegeu ao menos 50 deputados para a Casa entre 1994 a 2014 — o pico foi em 1998, com 99 parlamentares.

    Assim como o MDB, a sigla registrou queda em 2018, com 29 eleitos. Neste ano o PSDB reforçou a tendência de baixa, com 13 deputados eleitos.

    Fotos — Veja  momentos marcantes da história das eleições brasileiras

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