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    FirstMile era usado com logins de três servidores da PF, aponta CGU

    Controladoria-Geral da União (CGU) analisa novos 200 gb de material recebido da Abin e PF e investiga um delegado e dois agentes

    Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). em Brasília (DF)
    Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). em Brasília (DF) Antonio Cruz/Agência Brasil

    Elijonas Maiada CNN

    em Brasília

    O programa espião FirstMile era usado na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) por meio de computadores e logins de três servidores da Polícia Federal cedidos à instituição. É o que aponta a apuração da Controladoria-Geral da União (CGU).

    Para a CGU, os agentes Marcelo Araújo Bormevet, Felipe Arlotta Freitas e o delegado Eliomar da Silva Pereira são peças-chave na investigação de responsabilização administrativa.

    Segundo os integrantes da CGU, após análise de centenas de gigabytes de materiais enviados pela Abin e Polícia Federal à CGU, os logins dos servidores cedidos e do então diretor da agência Alexandre Ramagem eram os responsáveis pelo acesso ao FirstMile, ferramenta usada sem autorização judicial para espionar a geolocalização de ministros do Supremo Tribunal Federal, políticos e jornalistas.

    Recentemente, mais 200 gb chegaram à CGU para análises. Pela apuração da PF, que tem inquérito aberto sobre o caso, o programa foi usado mais de 30 mil vezes em três anos.

    Os três servidores estão afastados das funções públicas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de 25 de janeiro de 2024, relacionada com a investigação sobre a “Abin paralela”.

    Nesta quinta-feira (11), conforme noticiou a CNN, a Controladoria-Geral da União abriu processos administrativos disciplinares (PAD) contra os três servidores da Polícia Federal. A CGU é responsável por apurar condutas de servidores públicos federais.

    Segundo a publicação, eles passam a ser investigados por se ausentarem do serviço por mais de 60 dias entre os anos de 2021 e 2022, quando estiveram cedidos à Abin, e usando a ferramenta.

    Nos PAD’s, as condutas dos três serão analisadas, o que poderá acarretar, se comprovadas participações, em sanções de demissão. O prazo de conclusão dos trabalhos é de 60 dias, prorrogáveis por igual período.

    A CNN tenta contato com as defesas dos investigados.