Filiados do Novo fazem manifesto pela desfiliação de João Amoêdo
No texto, fundador do Novo é classificado de "apenas um filiado". Pedido é para que ele deixe o partido, após declarar voto em Lula para presidente
Políticos filiados ao partido Novo assinaram um manifesto nesta quarta-feira (19) pela desfiliação de João Amoêdo, fundador da sigla e que recentemente saiu em defesa da eleição do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre os signatários, estão 80 pessoas, como o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e os deputados federais Alexis Fonteyne, Marcel Van Hatten e Vinícius Poit.
O partido declarou neutralidade neste segundo turno, mas ficou contrariado após declaração de voto de Amoêdo em Lula. Individualmente, vários filiados do Novo manifestaram apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL), como o governador Zema.
Para explicar os motivos de tamanha irritação, no documento, dirigentes, mandatários e ex-candidatos do Novo classificam João Amoêdo como “apenas um filiado” e afirmam que a população brasileira confunde a figura dele com a do Novo. “Suas manifestações e atitudes, ainda que não representem a instituição, parecem ser coordenadas para destruí-la”, afirmam.O manifesto é direcionado a João Amoêdo com pedido de sua imediata desfiliação do partido, com o recado de que é para manter assim “a coerência em relação às suas ações e atitudes políticas”.
O texto lista sete razões para a saída de Amoêdo do Novo. Além da declaração de voto a Lula, os filiados afirmam que, em “reiteradas oportunidades”, Amoêdo se colocou como antagonista de mandatários do Novo; que ele apareceu em lives e reuniões “sorrindo e aquiescendo com ofensas” dirigidas a integrantes do partido; que defendeu Lula em entrevista no primeiro turno, apesar da legenda ter candidato próprio, no caso, Felipe D’ávila; que neste pleito não fez menção aos candidatos de seu partido; que desqualifica a condução partidária do Novo e que ele não acreditaria mais no projeto do partido.
A CNN procurou João Amoêdo e aguarda retorno.