Fiesp lançará manifesto próprio pela democracia em ato na USP dia 11 de agosto
Documento será assinado somente por entidades e será lido separadamente da "Carta aos Brasileiros", que já reuniu mais de 250 mil assinaturas de pessoas físicas
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) confirmou à CNN, nesta quinta-feira (28), que prepara um manifesto junto a outras organizações da sociedade civil para ser lido em um ato em defesa da democracia, previsto para acontecer no próximo dia 11, em São Paulo.
O evento será realizado na Faculdade de Direito da USP (FDUSP), no largo São Francisco, e foi puxado por alunos, professores e a diretoria da FDUSP.
O manifesto pela democracia da Fiesp reunirá apenas entidades entre as assinaturas e será lido separadamente da “Carta aos Brasileiros”, que foi divulgada nesta última terça-feira (26) e reúne assinaturas de pessoas físicas.
Os organizadores do manifesto informaram à CNN que o documento já reuniu 470 mil assinaturas, até a noite desta sexta-feira (29), depois de ter sido aberta para que o público geral assine.
A divulgação do documento foi antecipada pelo analista da CNN Caio Junqueira. A carta será lida no ato dia 11 pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Celso de Mello.
Entre os signatários estão personalidades de renome, ex-ministros do STF e ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ), por exemplo.
Por exemplo, na divulgação inicial, já constavam as assinaturas dos artistas Arnaldo Antunes e Chico Buarque e ex-ministros do STF como Carlos Ayres Britto, Sepúlveda Pertence, Sydney Sanches, Celso de Mello, Carlos Velloso, Joaquim Barbosa e Nelson Jobim, além dos banqueiros Roberto Setúbal e Cândido Bracher, ex-presidentes do Itaú Unibanco.
Na atualização desta quarta (27), os ministros do STF Rogerio Schietti e Sebastião Alves dos Reis Júnior, a advogada Luciana Temer, filha do ex-presidente Michel Temer, do médico Paulo Chapchap, CEO do Hospital Sírio Libanês, e os atores Edson Celulari e Helio de La Peña, entraram para a lista.
“Uma das bases da democracia é justamente a confiança nas instituições”, observou Campilongo.
O diretor também pontuou que os ataques são feitos “sem provas, sem documentação e sem comprovação”, o que faz com que a democracia “se sinta sitiada”.
Sobre o apoio de banqueiros à carta, Campilongo destacou que os impactos na economia podem ocorrer pela instabilidade que as acusações, ameaça de ruptura e desconfiança nas instituições geram. Essa situação poderia, de acordo com o diretor, afastar investidores estrangeiros do Brasil.
“Do ponto de vista jurídico, um dado elementar pro desenvolvimento econômico é a segurança jurídica”, complementou.