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    Federação entre União Brasil e PP enfrenta dificuldades e não deve ocorrer

    Integração entre as duas legendas empaca com entraves regionais do União Brasil

    Congresso Nacional, em Brasília
    Congresso Nacional, em Brasília Arquivo/Agência Brasil

    Tainá FarfanGabriel Hirabahasida CNN

    Brasília

    A federação entre o União Brasil e Progressistas não deve se concretizar. A informação foi confirmada por fontes dos dois partidos ouvidas pela CNN, que afirmaram haver entraves regionais, especialmente por parte do União.

    No Progressistas, a avaliação é que “questões internas” do União Brasil fizeram a federação subir no telhado. Integrantes da cúpula do União Brasil reconhecem que, até o momento, não foi possível contornar obstáculos regionais – ou seja, alguns líderes estaduais da sigla não teriam topado se unir com o PP, por causa de divergências locais.

    Segundo fontes do partido ouvidas pela CNN, o fato de o União Brasil ser um partido novo, ainda em processo de superação de divergências internas, pesou. O União surgiu a partir da fusão do DEM e do PSL. Foi formalizado no ano passado, a alguns meses da disputa eleitoral de 2022.

    Uma ala do União a favor da federação avalia que o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), teria receio de perder poder e teria empacado o andamento do processo. O endosso dele seria necessário para garantir o apoio de 3/5 do partido e, assim, alterar o estatuto em prol da junção das siglas.

    A análise de parlamentares dos dois partidos é que a consolidação da federação poderia fortalecer a base de apoio do governo no Congresso. Uma das ideias era reivindicar a relatoria do Orçamento de 2024 e afastar o PL, o que acabou não acontecendo.

    Juntos, União Brasil e PP somam 108 deputados federais e 15 senadores. Se se unissem, seriam a maior bancada na Câmara dos Deputados e a segunda maior no Senado, modificando a correlação de forças no Congresso.

    A ideia dos dois partidos era consolidar a federação após a instalação das comissões na Câmara, garantindo assim os acordos já feitos, mas antes da Comissão Mista de Orçamento. Desta forma, a federação tentaria conquistar a relatoria do orçamento de 2024 para o deputado Celso Sabino (União).