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    Favorito de Bolsonaro para o STF, Kassio Nunes busca apoio no Senado

    Segundo apurou a CNN, o magistrado ligou para pelo menos três parlamentares nessa quarta-feira (30)

    Basília RodriguesIgor Gadelhada CNN

    Nome favorito do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a vaga de Celso de Mello no Supremo Tribunal Federal (STF), o desembargador Kassio Nunes Marques já começou a procurar senadores nesta quarta-feira (30), logo após a imprensa divulgar sua possível indicação para a Corte. 

    Segundo apurou a CNN, o magistrado ligou para pelo menos três parlamentares nessa quarta-feira (30). Na conversa, se apresentou e pediu para marcar encontro pessoalmente. Aliados do desembargador no Congresso também procuraram senadores para organizar reuniões com Nunes.

    Se Bolsonaro confirmar a indicação do desembargador, que é vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), o magistrado terá de passar por sabatina no Senado, onde ele precisará ter votos de ao menos 41 dos 81 senadores.

    Apoiadores mais estusiasmados acreditam em larga vantagem de 60 votos, ainda mais levando-se em consideração o peso de alguns avalizadores de seu nome, como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Os influentes Gilmar Mendes e Dias Toffoli, do STF, também estão no coro de vitória. 

    No time dos que nem foram consultados, o presidente da Corte, Luiz Fux, que demonstrava favoritismo por outros. 

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    O desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
    O desembargador Kassio Nunes Marques, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
    Foto: Divulgação – 24.ago.2011/Ascom/TRF1

    Desconhecido das alas militar e ideológica do governo, o desembargador já começou a ser alvo de fritura. Ao longo desta quarta-feira (30), aliados e auxiliares presidenciais enviaram a Bolsonaro uma série de informações sobre a relação de Nunes com petistas.

    Em uma delas, à qual a CNN teve acesso, os aliados dizem que a “condição de petista do desembargador Kassio é ostensiva”. “É petista de carteirinha, com ampla penetração nos gabinetes de Brasília, dos quais esconde a sua identidade político-partidária”, diz um trecho.

    Essas mensagens exploram especialmente a relação do magistrado com o governador do Piauí, Wellington Dias (PT). A esposa de Kassio já trabalhou no gabinete de Dias no Senado, quando o hoje governador era senador pelo estado. 

    Aliados de Bolsonaro que defendem a indicação do desembargador, porém, ressaltam que essa relação com petistas não é um impeditivo. Lembram que o procurador-geral da República, Augusto Aras, também se relacionava bem com petistas da Bahia e mesmo assim foi indicado para a PGR.

    O STF acumula casos de quase ministros, que estavam na marca do gol, mas não foram indicados.

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