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    Fala de Dominghetti à CPI foi pior para o governo, diz senador opositor

    Para Rogério Carvalho (PT-SE), suplente da comissão, fala do policial militar sobre suposto pedido de proprina 'trouxe o governo mais ainda para dentro da CPI'

    Murillo Ferrari, da CNN, em São Paulo

    O tumultuado depoimento à CPI da Pandemia do policial militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominghetti, que se apresentou como representante da empresa Davati Medical Supply e fez uma denúncia de pedido de propina por um ex-diretor do Ministério da Saúde, foi pior para o governo, afirmou o senador Rogério Carvalho (PT-SE), suplente da comissão.

    “Ao fim, acho que foi pior para o governo porque envolveu e ele reafirmou – em nenhum momento negou – que tenha sido solicitado a ele propina para comercialização de vacinas por funcionários do Ministério”, disse Carvalho.

    “Acho que trouxe o governo mais ainda para dentro da CPI e aumenta a suspeição sobre a corrupção dentro do Ministério da Saúde na compra de vacinas”, completou.

    Ele ressaltou que o Brasil tem um programa de imunização que é considerado um dos maiores do mundo e não teria necessidade de comprar vacinas através de intermediários.

    Carvalho afirmou também ter considerado uma grande confusão ter levado o Dominghetti para a CPI, mas era algo necessário diante da denúncia que ele fez em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo.

    “O Dominghetti parece um aventureiro que tentou vender vacinas para o Ministério, conversou com pessoas, citou nomes e disse que foi proposto aumentar em US$ 1. É uma denúncia que ele faz, uma história [que está] muito mal contada”, destacou o senador.

    O senador petista indicou que, na sua opinião, os próximos passos da CPI devem ser voltados para a investigação sobre a denúncia feita pelo deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre supostas irregularidades na compra da vacina indiana Covaxin por ser algo “mais consistente”.

    Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
    Senador Rogério Carvalho (PT-SE)
    Foto: Reprodução / CNN

    “Precisamos ouvir aqueles que autorizaram a contratação e a importação da Covaxin, funcionários do ministério, sob os quais pesa uma denúncia grave feita pelo deputado.”

    Já sobre a oitiva com o líder do governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ele disse que ele deve ser ouvido pelos senadores no momento certo.

    “A CPI precisa estar mais preparada para fazer a oitiva com o deputado, acusado de ser líder de um esquema de corrupção no Ministério da Saúde”, finalizou.

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