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    Eleições 2022

    Existe movimento nítido de voto útil para Lula e Bolsonaro, diz CEO da Atlas

    Pesquisa Atlas divulgada nesta terça-feira (27) trouxe o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 48,3% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 41%

    Elis FrancoLéo Lopesda CNN

    em São Paulo

     

    O CEO da Atlas, Andrei Roman, afirmou à CNN, nesta terça-feira (27), que “existe um movimento nítido de voto útil” no eleitorado brasileiro neste momento.

    A pesquisa sobre as eleições presidenciais deste domingo, divulgada nesta terça, mostrou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à frente, com 48,3% das intenções de voto no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 41%

    Depois aparecem Ciro Gomes (PDT), com 3,5%; Simone Tebet (MDB), com 2,1%, Felipe D’Avila (Novo), com 1,3%; e Soraya Thronicke (União Brasil), com 1%.

    Roman pontua a queda “significativa” de 2,5 pontos percentuais do candidato Ciro Gomes (PDT) (em relação à última pesquisa Atlas) como reflexo desse movimento.

    “Esse movimento de voto útil afeta tanto Ciro quanto Tebet, mas para o Ciro esse movimento foi acentuado ainda mais após o debate”, disse o CEO da Atlas.

    Para Roman, tanto Lula quanto Bolsonaro são beneficiados “de forma bastante parelha” pelo voto útil.

    Ele comenta que a queda do eleitorado de Ciro Gomes em relação a 2018, quando teve 12,47% dos votos, é explicada em boa parte por uma migração à esquerda, em direção a Lula.

    “Até a última pesquisa, Ciro pontuava 6%. Isso é menos da metade do eleitorado dele em 2018. Boa parte do voto útil do eleitorado de esquerda indo para o Lula já está refletido nos números”, afirmou.

    Com a possibilidade do petista vencer as eleições no primeiro turno, Roman disse que foi criado um movimento de eleitores antipetistas.

    “Os eleitores que cogitavam votar em Bolsonaro no segundo turno, mas não se identificavam tão claramente e procuravam outra opção para o primeiro turno, estão enxergando essa fortaleza do Lula”, disse o CEO da Atlas.

    “Querendo fortalecer uma opção alternativa, estão mais uma vez aderindo ao Bolsonaro. São eleitores que votaram em Bolsonaro no segundo turno de 2018, mas não necessariamente aprovam ou se identificam com ele. Mas por conta da percepção de risco de vitória do Lula, estão aderindo”, acrescentou.

    Diferença nos índices de Bolsonaro em relação a outras pesquisas

    Os 41% de intenções de voto para Bolsonaro no primeiro turno registrados pela Atlas divergem em 10 pontos percentuais, por exemplo, da pesquisa divulgada pelo Ipec nesta segunda (26) – que trouxe Lula com 48% e Bolsonaro com 31%.

    O CEO da Atlas justificou essa divergência pelo que chamou de “diferença em termos de calibragem amostral por faixa de renda”.

    “A faixa de renda de até 2 salários mínimos, que no caso do Ipec é de 57% da amostra, na pesquisa Atlas fica próximo de 35%. A Atlas calibra por renda a partir dos dados da PNAD Contínua, divulgados pelo IBGE”, disse.

    “Existem bons argumentos dos dois lados para usar ou não essa informação. Vamos saber em breve quem chegou mais próximo do resultado fazendo uso desses dados”, completou.