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    Ex-ministros Cardozo e Admar Gonzaga avaliam pautas das manifestações

    Atos contra e a favor do governo Bolsonaro ocorreram na Avenida Paulista no último domingo (31)

    Em debate na CNN nesta segunda-feira (1º), os ex-ministros José Eduardo Cardozo e Admar Gonzaga avaliaram  respectivamente, as pautas das manifestações contra e a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que ocorreram no domingo (31) na Avenida Paulista. 

    Cardozo, ex-ministro e ex-advogado-geral da União, viu as manifestações como ‘muito positivas’ e opina que elas defenderam o fim da intolerância.

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    “Acredito que ontem tivemos uma primeira consequência importante em relação aos atos que estão acontecendo no Brasil (…) A partir de ontem passou a ter uma reação, acho que a sociedade brasileira começou a se indignar. Acho isso muito positivo, em tese nós não devemos ter manifestações nesta hora de pandemia. Mas a sociedade brasileira começa a reagir. Todos os democratas, pouco me importa se é direita ou esquerda, têm um ponto em comum: ser a favor da democracia e contra a intolerância”, iniciou Cardozo. 

    Gonzaga, ex-ministro do TSE, discordou do jurista, alegando que os atos não foram uma ‘movimentação democrática’.

    “O que vi ontem foram bandidos, vândalos praticando violência, depredando, portando canivetes, armas químicas para afugentar famílias e pessoas de bem. O que houve ontem, depois de sete domingos de manifestações pacíficas, pedindo democracia, claro que com críticas legítimas e democráticas. Agora, participar depredando e jogando pedra na polícia? Agressões foram várias por parte destes vândalos que têm que ser punidos e investigados com urgência”, afirmou. 

    Cardozo disse que é contrário às depredações. “É evidente que ninguém é favorável a depredações. Não me parece correto identificar depredações apenas de um dos lados. Me parece que quem propõe violação à democracia, também propõe à violência”, disse. “O presidente não pode participar de eventos desta natureza, é absolutamente inaceitável que um chefe de Estado volte a ter esta postura”, completou. 

    Gonzaga rebateu. “A postura do presidente Bolsonaro é extremamente democrática. É um homem que está pregando a paz, democracia e participar destes atos democráticos não quer dizer que ele está concordando com essas coisas. Ele está preocupado com a segurança das pessoas que vão aos atos pois, ao contrário do que afirma o Cardozo, o vandalismo foi praticado por apenas um lado. Não se viu nenhuma depredação nas outras manifestações”,argumentou.

    Ação da PM 

    Os dois juristas também divergiram sobre a atuação da Polícia Militar na contenção dos atos, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro.

    Para Gonzaga, a polícia “teve uma postura digna” e parabenizou as corporações de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ele também afirmou que manifestantes “aproveitaram do momento de pandemia para sair de casa com máscaras para agredir pessoas.” 

    Já Cardozo considerou que “não é correto dizer que um lado é violento e outro é santo”. Para ele, cabe à polícia evitar o confronto em situações deste tipo e agindo de maneira menos violenta possível. “O policial tem que buscar conter e não agredir. Então, eventuais excessos têm que ser apurados e punidos com vigor. Infelizmente podem ter ocorrido situações de abuso que devem ser investigados”, concluiu. 

    (Edição: Marina Motomura)

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