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    Ex-comandante da PM-DF diz que não foi avisado sobre possibilidade de ataques em 8 de janeiro

    Para Jorge Eduardo Naime, houve um "apagão total da inteligência" da corporação no dia dos atos criminosos em Brasília

    Atos criminosos protagonizados por radicais bolsonaristas no Palácio do Planalto
    Atos criminosos protagonizados por radicais bolsonaristas no Palácio do Planalto Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo

    Gabriela CoelhoLarissa Rodriguesda CNN

    Em Brasília

    Em depoimento à Polícia Federal (PF), o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) Jorge Eduardo Naime, preso no âmbito da 5ª fase da Operação Lesa Pátria, disse que o seu papel era fornecer meios logísticos a pedido de cada comandante e que não tinha conhecimento das ações radicais que ocorreriam em 8 de janeiro.

    Em um momento, o policial disse que acha que houve um “apagão total da inteligência” e que a PM não deve ter recebido informações sobre a manifestação.

    O policial disse ainda que já estava combinado informalmente que após a posse presidencial entraria em “dispensa recompensa”, que teria sido formalizada em 3 de janeiro e que só retornaria em 14 de fevereiro.

    Ao ser questionado sobre o motivo de não ter retirado manifestantes do quartel-general do Exército, disse que em dezembro esteve em uma reunião no Planalto com autoridades e que foi dito que eles seriam removidos antes da posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    “Depois, chegou a informação do Comandante do Exército que a operação seria suspensa. Foi uma das diversas reuniões, mas o Exército frustrou todos os planejamentos e tentativas”. Naime disse ainda ter tido “outras situações de confronto com o Exército” e que teria sido expulso da porta do quartel-general em Brasília.

    Ao ser perguntando porque estava na Praça dos Três Poderes no dia 8, mesmo estando de férias, disser ter tido conhecimento da situação e que foi até o local para ajudar.

    Ainda no depoimento, o disse que, quando chegou à Praça dos Três Poderes, não auxiliou ninguém a fugir. Segundo ele, “jamais deu ordem para os policiais não atuarem nos protestos, pelo contrário”.

    Sobre a declaração da ex-mulher sobre o policial fugir para a Bahia, ele disse que isso derivou de uma situação na qual ele não respondeu às mensagens a respeito dos filhos.