Ex-chefe de gabinete de ministros de Bolsonaro é nomeado como assessor de Alckmin
Djaci Vieira de Souza atuou sob Abraham Weintraub e Milton Ribeiro, por exemplo; em resposta, pasta destaca “o perfil técnico” e “a vasta bagagem profissional” como motivos para a escolha
O servidor público Djaci Vieira de Souza foi nomeado no fim de janeiro como assessor especial de Geraldo Alckmin (PSB) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O indicado foi chefe de gabinete de ministros da Educação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Djaci Vieira de Souza foi nomeado ao cargo de chefe de gabinete do Ministério da Educação em 3 de maio de 2019, quando a pasta estava sob comando de Abraham Weintraub.
Ele permaneceu no cargo durante todo o governo de Bolsonaro, atuando também sob Carlos Decotelli, Milton Ribeiro e Victor Godoy. Djaci foi exonerado da função nos primeiros dias de gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A CNN procurou o MDIC para que comentasse a nomeação. Em resposta, a pasta destacou “o perfil técnico” e “a vasta bagagem profissional” do indicado como motivações para a escolha de Alckmin.
“O MDIC informa que o servidor foi nomeado para o exercício de funções técnico-administrativas em razão da sua experiência profissional acumulada, em diversos cargos da administração ao longo de quase 30 anos de carreira”, aponta.
No MDIC, Djaci irá realizar análises técnico-administrativas nos processos submetidos à avaliação de Alckmin, em subsídio das decisões e propostas que tramitaram no interesse do governo federal.
Na Educação de Bolsonaro, o servidor era responsável pelo preparo do despacho de expedientes e atos administrativos a serem submetidos à assinatura do ministro. Também acompanhava as atividades de comunicação social do ministério e projetos de interesse em tramitação no Congresso.
Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Público, Djaci ingressou no governo federal como servidor público em 1995, por meio de concurso. Em mais de 25 anos de atuação, Djaci teve cargos de confiança no ministério do Planejamento de gestões petista e na passagem de Michel Temer pelo Executivo.