Ex-chanceler Celso Amorim é nomeado para chefiar assessoria especial do governo Lula
Amorim foi ministro das Relações Exteriores durante os dois governos de Lula e na gestão de Itamar Franco; além disso esteve à frente da Defesa de Dilma Rousseff
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi nomeado como assessor-chefe da Assessoria Especial da Presidência da República. A escolha foi oficializada na edição de quarta-feira (4) do Diário Oficial da União (DOU).
Com isso, Amorim será um dos principais conselheiros formais do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Uma das principais atribuições do cargo é assistir diretamente o presidente por meio da realização de contatos e estudos que subsidiem a coordenação das ações da gestão.
Além disso, o assessor-chefe é responsável pela articulação de encontros e correspondências do presidente com autoridades nacionais e estrangeiras. O órgão também é competente para preparar e executar as viagens do chefe do Executivo.
Esta não será a primeira vez que Amorim participará da coordenação das relações internacionais de Lula. O diplomata comandou o Itamaraty durante os dois primeiros governos do petista (2003-2010).
Amorim também foi ministro das Relações Exteriores de Itamar Franco, de 1993 a 1995. Durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, atuou como representante do Brasil em diversos países e na Organização das Nações Unidas (ONU).
O ex-chanceler foi também ministro da Defesa, de 2011 a 2015, durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
As primeiras viagens de Lula
O presidente Lula fará sua primeira viagem internacional deste governo para a Argentina no fim de janeiro. Na sequência, deverá ir para Estados Unidos, Portugal e China. A informação foi confirmada pela Presidência. As datas destas últimas três visitas, no entanto, ainda não foram definidas.
O presidente vai participar da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), um dos principais blocos de debates políticos da região. O encontro acontece em Buenos Aires, na Argentina, no dia 24 de janeiro.
Criado no final de seu governo, o grupo é formado por 33 países e tem o objetivo de fomentar a cooperação para o desenvolvimento e a concertação política.