Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ex-AGU acredita em arquivamento de investigação contra Bolsonaro

    Em entrevista à CNN, Fábio Medina Osório apontou risco de que os elementos probatórios produzido pela PGR possam ser usados em eventual julgamento político

    O advogado e ex-ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) Fábio Medina Osório disse nesta quarta-feira (13) que o arquivamento é caminho natural para a investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conduzida pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

    “De fato, o que vislumbramos pela confirmação do depoimento do ex-ministro Sergio Moro é que não foram vinculadas imputações na entrevista inicialmente concedida pelo ex-ministro que caracterizassem crimes contra o presidente Jair Bolsonaro”, disse Osório, que chefiou a AGU de maio a setembro de 2016, em entrevista à CNN.

    Ele disse ainda que considerou injustificada a própria instalação da investigação criminal pelo procurador-geral Augusto Aras por “não haver elementos de tipicidade criminal”.

    Assista e leia também:

    Inquérito público sobre PF desafia ‘blindagem’ de Aras a Bolsonaro, diz jurista

    Ambiguidade na atuação de Aras demanda protagonismo do STF, avalia professor

    “Agora, quem causou toda essa investigação e esse estrago político contra o presidente foi o PGR porque não houve denunciação caluniosa do ministro Moro, que não fez imputação de crime contra o presidente, que não cometeu crime contra a honra de Bolsonaro”, argumentou Osório.

    Para o ex-chefe da Advocacia-Geral da União, o material probatório produzido pela PGR na investigação pode proporcionar elementos que o Congresso, depois, poderia usar em um eventual julgamento político.

    “Não podemos esquecer que em um processo de impeachment a responsabilidade político-jurídica tem elementos discricionários extremamente amplos e, por isso mesmo, o presidente está se movimentando para costurar uma base de apoio política muito sólida no Congresso para poder ter governabilidade.”