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    Eleições 2022

    Evitar abstenção do eleitor não é processo simples, diz cientista político

    Em entrevista a CNN nesta quarta-feira (19), Rafael Cortez trata dos fatores que afastam os cidadãos das urnas

    Gustavo ZanferEster Cassaviada CNN*

    O cientista político Rafael Cortez, professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), afirmou nesta quarta-feira (19) que o acirramento entre as campanhas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) contribuem para o aumento no número de abstenções entre os eleitores. O especialista participou do Visão CNN nesta quarta-feira (19).

    “O que acho que acaba acontecendo é uma espécie de paradoxo: os candidatos, para finalizar a importância do voto, acabam gerando uma agenda negativa muito pesada contra o outro e isso vai alimentando numa parcela do eleitorado um certo incômodo, uma certa insatisfação com a política, porque isso é muito distante da vida do cidadão, não se traduz em uma relação clara como esse tipo de mensagem vai afetar vida do indivíduo, então acaba diminuindo a propensão desse sujeito a votar”, afirma o professor.

    O especialista também cita fatores socioeconômicos que afastam os eleitores das urnas, como os gastos com deslocamento.

    “Não são triviais para determinados segmentos. Não é simples assim, somente atravessar a rua e ir lá votar. Tem um custo envolvido na decisão do voto e, para isso, se ele [eleitor] se sentir tocado, de alguma maneira, para usar essa expressão pelo lado emocional, é também um dos elementos que os candidatos podem utilizar como uma estratégia”, afirma.

    “Acho que tem esse componente de tentar gerar uma mensagem que toque, que faça o eleitor enfrentar os custos da votação.”

    (*Ester Cassavia sob supervisão de Thiago Felix)

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