Eventos religiosos em SP marcam início da campanha de Bolsonaro no 2º turno
Presidente e candidato à reeleição escolheu agendas com evangélicos por ver segmento como o que oferece maior possibilidade de crescimento nos votos contra Lula
Preocupado com o crescimento do apoio entre evangélicos, o presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) escolheu começar a campanha no segundo turno da eleição com eventos em duas igrejas de São Paulo nesta terça-feira (4).
A coordenação da campanha de Bolsonaro avaliou haver justamente entre os evangélicos uma maior possibilidade para ampliação de votos em relação ao que foi obtido pelo atual presidente no primeiro turno, de acordo com uma fonte da CNN.
O próprio Jair Bolsonaro fez questão de reforçar o foco religioso na campanha, e não só em relação aos evangélicos. “Católicos entraram nessa agenda porque temos muito em comum, somos cristãos”, declarou, após se reunir com o governador Cláudio Castro (PL) no Palácio do Planalto.
Bolsonaro disse ainda que pode haver “uma possível visita a hospital” na capital paulista, sem dar detalhes. O presidente também ressaltou a importância de Michelle Bolsonaro para a conquista dos votos evangélicos.
Bolsonaro e Michelle participam durante a tarde de uma convenção das Assembleias de Deus no estado de São Paulo, e no início da noite tem marcado um encontro com pastores na Assembleia de Deus Madureira.
A escolha de ir para a capital paulista também foi estratégica. Bolsonaro está preocupado em fortalecer a campanha para a eleição de Tarcísio de Freitas (Republicanos) ao governo de São Paulo, como forma de ampliar o palanque contra Lula (PT), segundo um interlocutor que participou da organização das agendas.
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais são tidos como vitais para uma tentativa de reversão de votos por Bolsonaro no segundo turno.
“O sudeste é o maior colégio eleitoral do Brasil. Nós pretendemos investir, sim, 40% do tempo nesses estados”, afirmou o presidente, ao lado de Cláudio Castro.
Bolsonaro se encontrou com o atual governador paulista, Rodrigo Garcia (PSDB), que declarou apoio a ele no segundo turno da campanha presidencial. Garcia ficou atrás de Tarcísio e Fernando Haddad (PT) e saiu da disputa estadual no primeiro turno.