EUA avaliam como positiva reunião entre conselheiro de segurança e Lula
Presidente eleito conversou com Jake Sullivan em Brasília; veja a análise feita durante o WW
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu, na segunda-feira (5), com o conselheiro de segurança dos EUA, Jake Sullivan, enviando de Biden, em Brasília.
O encontro durou cerca de duas e foram discutidos temas como meio ambiente e a cooperação entre os dois países para o desenvolvimento sustentável, além do fortalecimento da democracia,
Para Hussen Kalout, pesquisador da Universidade de Harvard, a visita não se dá por acaso. “Isso coloca o Brasil em um novo patamar de prioridade no mapa cartesiano da política externa americana”.
O analista de Internacional da CNN Lourival Sant’Anna acrescentou que o país tem um ativo muito grande no próximo governo: a questão climática. “O Brasil tem a Amazônia e isso que vai render frutos, porque é uma convergência de interesse”.
“Existe a possibilidade do Brasil conseguir ser integrado na cadeia de valores, que é um interesse dos Estados Unidos tem, como um parceiro confiável, amigo e que usa energia limpa. São critérios que levariam a uma boa integração”, explicou.
Hussen Kalout ressaltou que o encontro não é repentino. “Essa aproximação começou há pelo menos um ano tendo como artífice o senador Jaques Wagner. Ele trabalhou de forma extremamente habilidosa, pragmática e realista. Portante, o encontro reflete um trabalho paulatino e estratégico que vem acontecendo”.
O pesquisador apontou que para os EUA a estabilidade hemisférica é fator fundemental e “eles sabem que a estabilização na Venezuela depende da capacidade do Brasil de exercer uma influência no regime de Nicolás Maduro”.
“As condições para uma relação diferenciada no plano bilateral está dada. Nunca esteve dada anteriormente. O Brasil na agenda americana é um ator indispensável hoje, e na compreensão do presidente eleito Lula e do senador Jaques Wagner, os EUA são um ator insubstituível dentro daquilo que o país quer exercer em termos de política internacional”, disse.
(Publicado por Marina Toledo)