Esquerda discute reproduzir em São Paulo chapa Lula-Alckmin
Líderes de esquerda avaliam chapa com perfil moderado para a disputa à capital paulista. Uma das configurações defendida seria uma dobradinha Guilherme Boulos e Tabata Amaral
Com o êxito da chapa presidencial formada por Luiz Inácio Lula da Silva e Geraldo Alckmin, os partidos de esquerda discutem estratégia de reproduzir na disputa ao comando da capital paulista uma dobradinha com perfil parecido.
O principal argumento utilizado por líderes partidários é de que o resultado da disputa presidencial em São Paulo, no qual a chapa vencedora obteve 53,54% dos votos válidos, demonstra potencial de êxito com a formação de uma coligação moderada.
Em acordo firmado no ano passado entre PT e PSOL, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), identificado com a esquerda, deve ser o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à sucessão na capital paulista.
Na tentativa de diminuir a rejeição ao candidato, sobretudo entre o eleitorado moderado, a ideia que vem sendo defendida é que a chapa seja equilibrada por um nome mais identificado com o centro.
O principal nome que vem sendo defendido é o da também deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), com perfil mais próximo ao do vice-presidente Geraldo Alckmin, também do PSB.
No PSOL, o nome de Tabata é considerado ideal para a chapa municipal, mas dirigentes do partido reconhecem dificuldades para uma composição. A primeira delas é que a deputada federal também é pré-candidata à prefeitura de São Paulo.
A segunda tem relação com as aspirações petistas. Em um acordo em que o PT abre mão da cabeça de chapa, é considerado natural que ele queira fazer parte da coligação partidária com o posto de candidato a vice-prefeito.
A disputa para a prefeitura de São Paulo deve ter ainda a candidatura à reeleição do atual prefeito Ricardo Nunes, do MDB, e a possibilidade de o PL, de Jair Bolsonaro, lançar um nome do partido.
Os principais cotados são os deputados federais Eduardo Bolsonaro, filho do ex-mandatário do Palácio do Planalto, e Ricardo Salles, ex-ministro do Meio Ambiente.