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    ‘Espero que tudo siga na estabilidade, legitimidade e legalidade’, diz Mourão

    O vice-presidente também declarou que não participou de nenhum processo de substituição dos militares no governo

    Caio Junqueirada CNN

     O vice-presidente general Hamilton Mourão disse à CNN, na tarde desta terça-feira, que espera que tudo siga na “legalidade, legitimidade e estabilidade” após as mudanças no comando das Forças Armadas. Ele também declarou que não participou de nenhum processo de substituição dos militares no governo.

    “Não participei do processo de substituição em momento algum. Acompanha com interesse esta acomodação dos novos ocupantes e tenho esperança e confiança que tudo siga dentro da legalidade, legitimidade e estabilidade”, disse o vice-presidente.

    As três palavras mencionadas por Mourão à CNN são as mesmas utilizadas pelo ex-comandante do Exército, general Villas Boas, quando houve a avaliação das Forças Armadas que o ambiente político nacional era de extrema instabilidade. Naquela época, estava em curso o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

    O vice-presidente Hamilton Mourão
    O vice-presidente Hamilton Mourão
    Foto: Romério Cunha/VPR

     

    Desde que a saída de Fernando Azevedo do ministério foi anunciada nesta segunda-feira, Mourão evitou declarações, mas conversou com generais da ativa e da reserva sobre as mudanças. Fontes disseram à CNN que ele conversou por exemplo com o general Edson Pujol, que hoje foi demitido do comando do Exército. também conversou com o general Fernando Azevedo. A ambos, disse ter o pensamento muito alinhado com eles sobre o emprego e a finalidade das Forças Armadas. Ou seja, que as forças não devem ser força de governo, mas de estado. Mourão, portanto, tem uma visão oposta à de Bolsonaro.

    O vice-presidente também conversou com Braga Neto e o questionou se ele iria bancar o interesse do presidente Jair Bolsonaro de politizar as forças. Braga lhe respondeu que esse não era o seu objetivo e que os princípios da legalidade e da Constituição iriam nortear sua gestão na pasta.

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