Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Ernesto defendeu presidente e não atacou embaixador chinês, diz senador Heinze

    Suplente da CPI da Pandemia avaliou fala do ex-ministro sobre relação com China e Venezuela

    Produzido por Jorge Fernando Rodrigues, da CNN, em São Paulo

    Em entrevista à CNN nesta terça-feira (18), o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS), suplente na CPI da Pandemia, avaliou a oitiva do ex-ministro Ernesto Araújo, e afirmou que, para ele, não houve ofensa da parte do chanceler ao embaixador chinês no Brasil.

    “Em relação à China, foi um ataque ao presidente Bolsonaro. Ele [Araújo] respondeu mais duramente à forma que o embaixador chinês se referiu ao nosso presidente da República. Se é de esquerda ou direita, houve ofensa ao presidente e dessa forma [Araújo] se manifestou defendendo o presidente, e não fazendo ataques ao embaixador chinês”, declarou o senador.  

    O ex-chanceler declarou durante o depoimento à CPI que chegou a escrever críticas relacionadas ao embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Ao ser questionado pelo senador Humberto Costa (PT-PE) se houve pedido do Brasil pela substituição do embaixador, Araújo respondeu que escreveu “ao chanceler da China com queixas sobre a atuação do embaixador da China [no Brasil] em nome das relações Brasil/China”.

    Na época, o Itamaraty classificou declarações de Wanming sobre a família Bolsonaro como “inaceitáveis”. Nas redes sociais, ele disse que “a família Bolsonaro é o veneno deste país”, rebatendo críticas do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) à China.

    Segundo o ex-chanceler, a postura do Itamaraty com a China não foi responsável pelo atraso dos insumos necessários para a produção das vacinas contra a Covid-19. 

    Diplomacia com a Venezuela

    Em seu depoimento, Araújo afirmou também que, em relação à diplomacia com o governo da Venezuela na crise de oxigênio em Manaus, não fez contato com nenhuma autoridade, mas também negou que tenha proibido um avião da Força Aérea Brasileira de buscar ajuda no país vizinho.

    Embora tenha negado o impedimento, ele não explicou o motivo de o governo do Brasil não mandar uma aeronave para buscar os cilindros, que chegaram por via terrestre. “Quando veio a oportunidade de oxigênio vindo da Venezuela tentamos fazer o que estava ao alcance do Itamatary sem nenhum impedimento de natureza politica”, afirmou.

    Ainda de acordo com o ex-ministro, ele não agradeceu a Venezuela pelos cilindros de oxigênio enviados para Manaus, em janeiro de 2021. 

    À CNN, Heinze disse que, ao contrário do ex-ministro, teria agradecido à Venezuela pela oferta de oxigênio durante a crise em Manaus. “Em relação à Venezuela, por educação, agradeceria, mesmo que seja um país com pensamento político diferente do meu. Teria agradecido porque ajudaram efetivamente”, falou. 

    O senador, que utilizou o tempo na comissão para lamentar a “criminalização” do chamado “tratamento precoce”, também reiterou o uso da hidroxicloroquina no tratamento para a Covid-19. Não há comprovação científica que o fármaco seja eficaz no combate à doença.