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    Eleições 2022

    “Era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”, diz Moraes

    Presidente do TSE cita eleição de parlamentares como fator de credibilidade ao sistema eleitoral brasileiro

    Gabriel HirabahasiLuciana Amaralda CNN , Em Brasília

    O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, disse neste domingo (2) que “a era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado” e que a eleição dos novos senadores, por exemplo, serve como prova da legitimidade do sistema eleitoral.

    Segundo o ministro, o acirramento da disputa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que terminou o 1º turno com pouco mais de 48,3% dos votos, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve cerca de 43,2% dos votos, é “político”.

    “O acirramento das candidaturas, das campanhas, é político. Não acredito que haja ataques maiores à Justiça Eleitoral, até porque mostrou sua competência, transparência, na totalização. Novos 27 senadores foram eleitos com base na legitimidade do voto computado pela Justiça Eleitoral. A era de ataques à Justiça Eleitoral já é passado”, disse o ministro em entrevista coletiva de balanço do primeiro turno das eleições gerais de 2022.

    A declaração de Moraes se dá em um ambiente de contestações do resultado eleitoral por parte de alguns candidatos. Neste domingo, por exemplo, o presidente Bolsonaro chegou a dizer, após votar, que “eleições limpas têm que ser respeitadas”, mas não disse se considerava a eleição brasileira “limpa”.

     

    Questionado sobre eventuais episódios de violência diante do segundo turno entre Lula e Bolsonaro, Moraes disse que não acredita nisso. Para o presidente do TSE, “o que a sociedade brasileira demonstrou foi extrema maturidade democrática”.

    Moraes afirmou que o TSE ainda fará um balanço de todos os dados e analisará pontos específicos, como as filas registradas em algumas seções eleitorais. Segundo o ministro, essa análise será feita a tempo de eventuais mudanças serem aplicadas no segundo turno.

    “Nós vamos analisar, obviamente em cada localidade pode ter ocorrido algo diferente, mas em princípio são algumas causas. [Houve] 7,5 milhões de pessoas que votavam nulo e branco escolhendo cinco candidatos, [o que] leva um tempo a mais”, justificou.

    O magistrado ainda citou outras questões, como o tempo de análise de cada eleitor, a utilização da biometria e questões envolvendo horários de pico. “Lembrando que o segundo turno, em alguns estados, será um único voto, e em outros, dois votos. Será menos tempo”, completou.

    No balanço do primeiro turno das eleições deste ano, Moraes elogiou a Justiça Eleitoral pela agilidade e transparência na divulgação dos votos –que foram exibidos em tempo real pelo TSE pela internet para toda a população visualizar. Após sua fala inicial, Moraes foi ovacionado, mas creditou os aplausos à Justiça Eleitoral.

    “Quero dizer que tivemos, se podemos afirmar que houve alguns vencedores nesse dia, diria que são dois. O primeiro, a sociedade brasileira, que demonstrou maturidade, consciência, tranquilidade e harmonia para votar. E segundo a Justiça Eleitoral que mostrou competência, agilidade e seriedade na apuração e divulgação dos votos”, declarou o ministro.

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