Equipe de Lula marca primeira reunião com parlamentares para tratar do Orçamento de 2023
A tendência é que, inicialmente, não se fale sobre o Orçamento Secreto, por ser preciso entender as reais contas do país primeiro
O encontro será em Brasília e foi pedido pelo senador eleito Wellington Dias (PT), ex-governador do Piauí e um dos coordenadores da campanha de Lula durante a corrida presidencial. Dias conta com a proximidade que tem com Castro, já que os dois são do Piauí, para facilitar as conversas. Também devem participar da reunião os deputados federais petistas José Guimarães (CE) e Enio Verri (PR).
Políticos a par do tema disseram à CNN Brasil que, nesse primeiro momento, apenas parlamentares petistas tratarão do assunto, mas, depois, o futuro vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), deve entrar na mesa de negociações.
O presidente do Congresso e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou, neste domingo (30), que a equipe de transição de Lula terá de conversar com o Senado em relação a pontos não previstos no orçamento do ano que vem, ao ser questionado sobre o assunto.
Ele disse ser um “trabalho realmente delicado e difícil de se poder compatibilizar tudo quanto foi comprometido com as propostas de campanha com a lei atual e o regramento constitucional atual do teto de gastos públicos”.
Citou, por exemplo, o aumento permanente do Auxílio Brasil para R$ 600 e o reestabelecimento de mais verbas para os setores de cultura, ciência e tecnologia. Lembrou, ainda, do programa Farmácia Popular.
“Vamos ter um trabalho grande agora de buscar, através dessa nova peça orçamentária e, eventualmente, através de mudanças constitucionais, poder implementar tudo isso que precisa ser feito a partir de 1º de janeiro de 2023 no Brasil.”
A tendência é que, inicialmente, não se fale sobre o Orçamento Secreto, por ser preciso entender as reais contas do país primeiro, segundo interlocutores de políticos envolvidos na discussão.
Pacheco declarou que as emendas de relator, apelidadas de Orçamento Secreto pela oposição ao presidente Jair Bolsonaro (PL), são uma das prioridades do Congresso. Segundo ele, deve-se “conciliar a participação legislativa na formação da peça orçamentária através das indicações parlamentares com aquilo que todos nós queremos, que é a qualidade dos gastos públicos”, com maior transparência.
“Considero que a gente pode ter uma grande concertação de alinhamento entre as instituições, o próximo governo, já na transição, com o próximo Congresso, o próprio STF, a PGR, o TCU.”
O presidente do Senado, porém, reforçou que “a única coisa que não podemos considerar é que o Legislativo deixe de contribuir com a peça orçamentária”.
Indagado sobre se o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), seria um obstáculo às conversas, Pacheco negou. “Considero que a Câmara dos Deputados não é, absolutamente, empecilho para uma formatação nova desse conceito que possa conferir o máximo de transparência e qualidade desse gasto público.”
A previsão é que a Comissão Mista do Orçamento (CMO) do Congresso volte a se reunir, após as eleições, em 9 de novembro. O presidente do colegiado, deputado federal Celso Sabino (União Brasil-PA), afirmou à CNN que as conversas com a equipe e parlamentares aliados a Lula serão feitas de forma republicana e com a busca de convergências.
Antes do segundo turno, o prazo de emendas ao Orçamento de 2023 foi estendido até 10 de novembro devido às eleições de novos parlamentares e à possibilidade de um novo governo petista. O calendário da comissão prevê que o Orçamento do ano que vem seja votado no Congresso Nacional até 16 de dezembro.
Galeria: Confira imagens da comemoração de Lula e de eleitores do PT após as eleições
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Apoiadores do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na avenida Paulita, após o resultado das eleições • Reprodução/CNN
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • WAGNER VILAS/ONZEX PRESS E IMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na cidade de São Paulo • ANDRÉ RIBEIRO/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Pronunciamento do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizado na cidade de São Paulo • SUAMY BEYDOUN/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • RAFAEL MAGALHÃES/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro, após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores no Bar Amarelinho, no centro do Rio de Janeiro, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de eleitores no Bar Amarelinho, no centro do Rio de Janeiro, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) • ALEXANDRE BRUM/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul • RENAN MATTOS/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais • GLEDSTON TAVARES/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Apoiadores de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemoram eleição presidencial, na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais • GLEDSTON TAVARES/DIA ESPORTIVO/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente do Brasil • WAGNER VILAS/ONZEX PRESS E IMAGENS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes, com grande concentração de policiais, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, neste domingo, 30 de outubro de 2022, segundo turno das eleições no país • EDI SOUSA/WPP/ESTADÃO CONTEÚDO
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Movimentação de militantes do PT no vão central do Masp, na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo, neste domingo, 30 de outubro de 2022, segundo turno das eleições no país • RAFAEL MAGALHÃES/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO