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    Pimenta vai ficar em ministério para o RS pelo tempo necessário, diz Padilha à CNN

    Ao Bastidores CNN, ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais disse que indicação de gaúcho para o posto “é natural”

    Henrique Sales Barrosda CNN

    São Paulo

    À CNN, o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse que tem “certeza” que Paulo Pimenta terá uma “atitude republicana” no comando da secretaria extraordinária criada pelo governo federal para apoiar o Rio Grande do Sul.

    “O ministro Paulo Pimenta vai ficar o tempo necessário nesse momento (na secretaria), nessa tragédia tão grave que afeta nossos irmãos gaúchos e o Brasil como um todo”, disse Padilha ao Bastidores CNN (segunda a sexta-feira, às 14h), nesta quinta-feira (16).

    Pimenta, que era ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, foi empossado na quarta (15) no comando da Secretaria Extraordinária da Presidência da República de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul.

    A pasta focada na situação gaúcha foi criada por medida provisória (MP), assinada, também na quarta, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que esteve no Rio Grande do Sul para anunciar medidas para os afetados pelas chuvas no estado.

    A MP já nasce estipulando um prazo temporário para o ministério: a pasta será extinta automaticamente dois meses após o fim da situação de calamidade pública do Rio Grande do Sul, o que não tem prazo para ocorrer. O estado de calamidade pública foi reconhecido pelo Congresso em decreto legislativo em 7 de maio. A medida flexibiliza medidas de responsabilidade fiscal com o fim de que o governo possa apoiar o RS.

    “Algo natural”

    Gaúcho, Pimenta é natural da cidade de Santa Maria, cidade onde já foi vice-prefeito. “A presença do ministro Pimenta é algo natural. Ele está lá (no RS) desde o começo (das chuvas), conhece muito bem o estado”, afirmou Padilha à CNN.

    “Quem espera do ministro Paulo Pimenta uma postura que seja partidarização dessa tragédia vai se surpreender”, acrescentou, descartando qualquer “disputa partidária” na escolha do chefe da Secom.

    Aliados do governador gaúcho, Eduardo Leite (PSDB), temem que o ministro use o posto para se cacifar para se lançar candidato ao governo estadual em 2026, segundo apuração da âncora da CNN Tainá Falcão e da analista de Política Jussara Soares.

    Na quarta, acompanhando Lula em visita a um abrigo no município de São Leopoldo, na Grande Porto Alegre, Leite foi questionado sobre a indicação de Pimenta, oportunidade em que disse que “toda ajuda” ao estado “é bem-vinda”.

    “Todo apoio que houver, não há da nossa parte qualquer tipo de diferença política em um momento de dor e crise e como esse”, afirmou o governador.