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    Entenda a relação entre o dourado e o incentivo ao aleitamento materno em agosto

    Edifícios públicos como o prédio do Senado e do STF foram iluminados com a cor, que simboliza a amamentação no Brasil

    Aline Fernandescolaboração para a CNN São Paulo

    Agosto Dourado é o título da campanha de incentivo ao aleitamento materno, criada por lei em 2017 no Brasil.  A cor dourada faz referência ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

    Este ano, um dos alvos da campanha é o combate à desinformação sobre assunto nas redes sociais.

    Circulam pela internet mitos de que o leite materno pode ser fraco ou que doar leite materno diminui a produção da mãe, entre outros.

    O incentivo à amamentação ocorre em outras partes do mundo?

    Sim. A Semana Mundial de Aleitamento Materno é celebrada entre os dias 1º e 7 de agosto em mais de 120 países.

    Foi criada em 1992 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) para disseminar ações e informações sobre a importância da amamentação.

    No Brasil, a campanha foi estendida por todo o mês de agosto e, por lei, passou a se chamar Agosto Dourado.

    Que medida foi adotada?

    Neste mês, para relembrar o tema e promover a conscientização sobre o aleitamento, prédios públicos foram iluminados com a cor dourada, em alusão à campanha.

    Entre os edifícios que receberam iluminação diferente, estão o o prédio do Senado Federal e o do Supremo tribunal Federal (STF).

    Prédio do STF iluminado como parte do Agosto Dourado / Nelson Jr./STF

    Existem outras ações?

    Sim. Diversas atividades relacionadas ao tema acontecem pelo país este mês. Entre elas:

    • palestras e eventos;
    • divulgação na diversas mídia e em espaços públicos;
    • reuniões com a comunidade.

    Qual a principal mensagem da campanha?

    A campanha busca mostrar que o leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês, segundo o Ministério da Saúde e a OMS.

    O aleitamento materno protege a criança de doenças, como diarreia, infecções respiratórias e alergias, reduzindo as taxas de mortalidade infantil – além de diminuir o risco de desenvolvimento de hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.

    Também beneficia a mãe, ao prevenir hemorragias, câncer de mama e de ovário. Amamentar ainda estimula o vínculo afetivo entre mãe e bebe.

    O que dizem os especialistas em saúde materno-infantil?

    A orientação é que o aleitamento materno se inicie na primeira hora de vida da criança e que seja a forma de alimentação exclusiva nos primeiros seis meses do bebê.

    A duração do aleitamento está ligada a quê?

    Segundo a Organização Pan-americana de Saúde, o tempo que um bebê é amamentado está diretamente associado à renda da família – quanto mais pobre, menos leite materno.

    A desigualdade pode ser acentuada por uma série de fatores, como a inexistência de licença-maternidade para mães que trabalham na informalidade.

    O Brasil tem outras políticas públicas voltadas ao tema?

    Sim. Em 2023, por exemplo, foi sancionada uma lei que criou o selo Empresa Amiga da Amamentação, para estimular as ações de incentivo ao aleitamento materno nas empresas.

    ”A manutenção de locais adequados para a amamentação ou coleta de leite materno não é apenas um gesto de empatia, mas sim uma ação que reverbera positivamente na saúde e bem-estar de seus colaboradores e, consequentemente, na produtividade e satisfação no ambiente de trabalho”, disse a senadora que relatou a matéria no plenário, Daniella Ribeiro (PSD-PB).

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